Jornal Nova Geração

ENTREVISTA

Com mais de 600 casos de dengue, Estrela deve decretar emergência

Apesar do elevado número, nenhuma morte pela doença foi registrada no município. Atualmente, cerca de 100 casos estão ativos

Com 675 casos confirmados de dengue em Estrela, o município estuda decretar emergência nos próximos dias. O texto está sendo elaborado e, de acordo com a secretária da Saúde, Márcia Scherer, até a próxima sexta-feira deve estar pronto. As ações de combate ao Aedes Aegypti são baseadas nas regras do Ministério da Saúde que determinam a visita de casa em casa e orientações aos moradores para eliminação de focos de criadouros do mosquito, considerada a principal ação.  

As medidas, como o uso de inseticidas para combate do mosquito adulto, complementam a eficácia. Mas o mais importante é que as pessoas sejam orientadas a eliminar os locais com água parada que possam ter larvas, combater e matar, evitando a proliferação. “Mesmo que aplicado o BRI, borrifação residual intradomiciliar ou fumacê, é necessário que não tenham novos criadouros, pois se reproduzem muito rápido e fácil”, destaca Carmen Hentscke, coordenadora de Vigilância Epidemiológica. 

A secretária acredita que devido a intervenção imediata e procura pelas unidades de saúde, nenhuma morte por dengue foi registrada no município. Atualmente, cerca de 100 casos estão ativos. 

“A pessoa quando está doente, um dia antes do aparecimento dos sintomas como, febre, dor no corpo, cefaleia, e mais seis após iniciados os sintomas, é o período em que a pessoa se for picada por um mosquito vai contaminar esse mosquito. Quem está doente, orientamos que continue usando o repelente para que não seja picado, não contamine o mosquito e transmita para outras pessoas”. 

Mosquito do Aedes diferente dos outros precisa de bordas artificiais para colocação dos ovos como, por exemplo, caixas d’água, latas, garrafa pets, copos descartáveis, materiais de construção, bombonas, dentre outros. As piscinas precisam ser tratadas durante todo o ano com aplicação de cloro. “Elas são grandes criadouros e reprodutores do mosquito caso não tratadas adequadamente. Estamos lidando com um mosquito que se adaptou à urbanização e está tirando proveito disso”, ressalta Márcia. 

Muitas denúncias são recebidas e repassadas para os agentes de endemias que se dirigem aos locais para fiscalização. A secretaria conta também com sistema de notificação para que moradores, caso confirmados focos em sua área, resolvam a situação. Quando não atendidos, repassam a demanda para setor responsável na Prefeitura. 

Além disso, as ações propostas pelo Ministério da Saúde não têm sido suficientes, alega Márcia. “O município decidiu, portanto, contratar o serviço de drone para borrifar, não inseticida que faça mal para animais bons, mas o BTI que é um larvicida. Será feita a comunicação prévia para a comunidade. Devido ao custo elevado, o serviço será concentrado em áreas que mais vulneráveis e suscetíveis aos casos. O investimento inicial será de R$ 40 mil para aquisição do produto e contratação do drone agrícola”. 

Márcia reforça que durante o inverno não se pode relaxar com os cuidados. “Os mosquitos morrem, mas os ovos ficam e duram quase 500 dias, portanto, as ações continuam mesmo no inverno”.  

Sintomas 

Febre; dor no corpo e de cabeça; diarreia; náuseas; vômito; manchas na pele, porém, nem todos confirmam para dengue

Dever de casa 

Olhar o pátio, revisar as águas paradas, recolher objetos que possam acumular água e contribuir para a proliferação do mosquito da dengue. “Atividades a serem realizadas semanalmente pelos moradores”. 

Casos confirmados 
  • Janeiro – 2;  
  • Fevereiro – 81; 
  • Março – 245; 
  • Abril – 347. 

O Mosquito uma vez contaminado tem sobrevida de até 45 dias. Uso de repelente é essencial. 

Acompanhe a entrevista na íntegra

Compartilhar conteúdo

PUBLICIDADE

Sugestão de pauta

Tem alguma informação que pode virar notícia no Jornal Nova Geração? Envie pra gente.

Leia mais: