Com a finalidade de incentivar pessoas jurídicas a contribuírem com a melhoria da qualidade do ensino da rede pública de educação, o Programa Municipal Adote uma Escola foi lançado em Estrela. As empresas participantes poderão colaborar com doação de equipamentos e materiais, obras, ampliação de prédios e outras ações que beneficiem o ensino nas escolas no município.
A Secretaria Municipal de Educação (SMED) reforça que, mesmo que algumas escolas estejam em tratativas com empresas para as colaborações, o objetivo é que todas as unidades educacionais possuam pelo menos um padrinho. Além disso, a partir de agora, devido a aprovação do projeto de lei que institui o programa, as empresas estão autorizadas a divulgar o trabalho executado nos educandários. Segundo a SMED, usar estas ações como publicidade era proibido.
De acordo com a secretária municipal de Educação, Elisângela Mendes, manter estas as parcerias público-privadas em prol da educação garante um ambiente adequado e potencializa a aprendizagem das crianças. “Quando nós falamos em educação de qualidade, as pessoas pensam em investimento do Poder Público. É importante que a sociedade seja parceira nesse sentido também”, ressalta.
O criador do projeto no município foi o vereador Valderes da Rosa (PSD). De acordo com as pesquisas feitas por ele, foi constatado que em municípios que possuem ações semelhantes, se verificou o maior aporte financeiro das empresas e maior engajamento na educação, além de fortalecer a relação com o Círculo de Pais e Mestres (CPMs). “Ações como essas resultam na melhora de infraestrutura nas escolas, além disso, as pessoas têm tendência a comprar em estabelecimentos que adotam práticas de cunho social”, afirma.
Como funciona na prática
Estrela possui 21 escolas municipais. Destas, quatro já foram apadrinhadas por empresas. Duas fruteiras do bairro Boa União adotaram a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Professora Ruth Markus Huber. Os estabelecimentos auxiliam com mantimentos durante o ano letivo para os eventos e promoções do CPM.
De acordo com a diretora da escola, Sabrina Scheer dos Santos, com a criação da lei, ficou mais fácil solicitar o auxílio das instituições privadas. “Sempre foi preciso pedir ajuda e, mas por muitas vezes fazíamos com certo receio. Nem sempre as escolas eram bem vistas por estarem pedindo”, ressalta.
A diretora salienta que esta lei vai proporcionar mais transparência e aproximar as escolas dos empreendimentos locais. “Os eventos que acontecem durante o ano, que são feitos para angariar fundos para o CPM, têm mais sucesso agora, pois recebemos os ingredientes necessários para o preparo”.
As empresas que quiserem participar do Adote uma Escola podem procurar diretamente as escolas e conversar com as equipes diretivas e CPMs.
