Jornal Nova Geração

COLINAS E IMIGRANTE

Área residencial convive com risco de desmoronamento de terra

Loteamento fica localizado junto a um morro, onde ocorreu mudança no curso de água. Município avalia formas de reduzir os danos e amenizar o receio dos moradores

Construção dos lotes fica no pé de um morro, e 11 das residências ficam sob risco de desmoronamento. Crédito: Jhon William Tedeschi

As chuvas dos últimos dias revelam mais um tipo de preocupação, os deslizamentos de terra. Um ponto de alerta em Imigrante está no Residencial 10 de Abril, no bairro Esperança. O loteamento construído há pouco mais de dois anos fica em área próxima ao pé de um morro, onde foram registradas movimentações no solo e deslizamento de pedra no sábado, 8. Das 11 casas, uma em especial fica mais vulnerável a eventuais desmoronamentos.

Proprietária do imóvel, Joice da Silva relata que antes mesmo de finalizar a construção da residência foram identificados pequenos deslizamentos, que comprometeram os taludes preparados para a contenção da terra. Para evitar maiores danos, foi colocada uma barreira de pedras. Ela conta que são dois anos em busca de providências por parte do governo municipal, sem que haja respostas.

No fim de semana os Bombeiros Voluntários Imicol estiveram no local para verificação. Conforme a comandante Caroline Hauschild, durante a avaliação de risco uma pedra com cerca de 80 centímetros desceu do morro. “Deu um estouro que parecia um transformador explodindo”, lembra. Os moradores são orientados a buscar um local para ir, se a situação agravar.

O setor de engenharia da administração visitou o local na segunda-feira, 10, para definir medidas paliativas, antes da chegada da chuva prometida para esta semana. A intenção do município é encaminhar a canalização de parte do trecho onde há a descida de água. Ainda está prevista a definição pelo tipo de encanamento, se por tubos ou canaletas de concreto.

Rachaduras e risco

Na vizinha Colinas, a comunidade da Linha Ano Bom Alto mantém o alerta na área de pouco mais de 2 hectares, onde parte do solo apresentou rachaduras ainda como reflexo da enxurrada de 16 de junho. Até o fechamento desta edição o laudo contratado pelo município não havia sido entregue, com os resultados do estudo detalhado feito nas imediações.

Os estudos da empresa contratada pelos moradores, a Gaia Ecológica, de Roca Sales, e do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), devem ficar prontos até o fim do mês. Com as chuvas da semana não houve nova movimentação de terra, mas a Defesa Civil do município segue em monitoramento na localidade.

Compartilhar conteúdo

PUBLICIDADE

Sugestão de pauta

Tem alguma informação que pode virar notícia no Jornal Nova Geração? Envie pra gente.

Leia mais: