Os colaboradores da Lactalis, de Teutônia, estão em estado de greve. A decisão ocorreu em assembleia nesta quinta-feira, 28. Esta condição não paralisa os trabalhos, mas se a empresa não se manifestar em um prazo de 72 horas, as atividades poderão ser interrompidas. Proposta de reajuste da indústria ficou abaixo da pedida dos empregados.
A multinacional ofertou um aumento de 3,74%, retroativo ao mês de junho, o que apenas contempla a inflação. Além disso, seriam incorporados um aumento de 10,25% no vale-alimentação, e um desconto de R$ 0,33/dia para refeições na empresa. Dos 275 participantes da assembleia, 218 (79,3%) negaram a proposta.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (Stial) de Estrela, Pedro Mallmann, foi a terceira assembleia onde a empresa apresentou a alternativa aos funcionários. “O índice não avançou nada”, conta. O pedido da categoria foi pelo aumento real de 2% sobre a inflação, o que totalizaria 5,74%.
Mallmann pontua que nos anos de 2021 e 2022 a empresa sequer repassou a inflação nos reajustes, ao considerar apenas 80% do índice. “A empresa paga um dos salários básicos mais baixos do Brasil no setor”, comenta. Ele acrescenta que os sindicatos do segmento no país fechou acordo com a maioria das empresas, mas que o entrave é apenas com a multinacional francesa.
A comunicação do estado de greve será feito à empresa na manhã desta sexta-feira, 29. A partir disso, a Lactalis tem 72 horas para se manifestar. Apenas sete dos 275 funcionários que estiveram na assembleia foram contrários à condição.
