O plano de construção de uma nova sede para o 40º Batalhão de Polícia Militar (BPM) foi arquivado. Após negociações com a administração, que indicou uma área para as instalações da Brigada Militar (BM), um protesto dos moradores do centro da cidade gerou um entrave no processo, ainda no ano passado.
A partir disso, a corporação passou a buscar novas alternativas para manter as operações em Estrela e a decisão foi por seguir no mesmo endereço, na rua Coronel Brito. Considerado vulnerável à cheias, o prédio teve prejuízos em 2020, ano da última grande enchente na região.
Na oportunidade, o sistema de videomonitoramento ficou fora de operação e houve perdas de alguns itens de uso dos policiais. “A água chegou na metade das paredes”, recorda o comandante do 40º BPM, Major Fábio Kuhn.
Reforma do prédio
O comandante indica a necessidade de reduzir a vulnerabilidade do atual prédio. “Temos a intenção de levantar a estrutura, fazer uma construção de dois, três ou quatro andares”, projeta. A parte inferior seria utilizada como estacionamento, enquanto as demais ficariam destinadas aos departamentos administrativos e outros setores.
A Brigada ainda não definiu o projeto para a reforma e como será a captação de verbas. “Como é um quartel da polícia, que presta serviços à comunidade, vamos contar com o apoio da prefeitura e empresas como a Languiru, entre outros empresários e colaboradores de Estrela”, conclui Kuhn.
O secretário de Administração e Segurança Pública, César Augusto Pereira da Silva, indica que o município vai contribuir e ressalta a necessidade de um espaço mais seguro à BM. Ele também menciona o aspecto financeiro como desafio para a corporação. “A principal questão é o valor para construir uma nova sede lá”, pontua.
Protestos travaram processo
O terreno onde seria instalada a nova sede da BM em Estrela, fica no centro, na esquina das ruas Borges de Medeiros e Pinheiro Machado, em uma área verde. A concessão do espaço à Associação Estrelense Pró-Segurança Pública (Aespro) foi aprovada pelo legislativo em dezembro de 2021, o que motivou manifestações dos moradores das proximidades.
O Ministério Público (MP) abriu um procedimento para apurar eventuais crimes ambientais, o qual foi arquivado em abril do ano passado. No entanto, mesmo após vários encontros com os moradores, a situação não avançou, o que fez a Brigada mudar a estratégia. Sobre a área, ela segue sem ocupação definida.
