Jornal Nova Geração

ENTREVISTA

Cafezinho com NG | Marcelo Ceppo

O proprietário do Centro de Treinamento Internacional, em Colinas, conta os desafios em estar à frente da empresa, junto com os filhos Ana Paula e Maicon, sucessores também da Ceppo Indústria e Comércio

Marcelo Ceppo (c)auxilia no processo de transição, no qual os filhos devem assumir todos os negócios da família em breve (Foto: Larissa Santos)

Como, quando e onde surgiu a empresa?
Marcelo Ceppo – Fui bombeiro voluntário por 30 anos. A empresa surgiu a partir disso, com a ideia de fabricar equipamentos para esses profissionais. Hoje, nossa empresa está divida em duas partes: a do Equipamento de Proteção Individual (EPI), que meus filhos Ana Paula e Maicon tocam à frente; e eu sigo com a de treinamento. Dou cursos há 18 anos e a Ceppo Indústria e Comércio está há 4 anos no mercado.

O que a empresa oferece?
Marcelo Ceppo – Os cursos são oferecidos para bombeiros, regatistas e indústrias no geral em 15 países. A Ceppo Indústria e Comércio, com cinco funcionários, produz sete tipos de equipamentos. Até o fim do ano queremos chegar a 15 produtos. Somos praticamente uma montadora. Os moldes vem de Caxias do Sul e aqui montamos.

Como os seus filhos decidiram continuar nos negócios?
Marcelo Ceppo – Eles têm 19 anos. Saíram de uma idade e entram num mundo comercial em que isso é um jogo de conquista e benefícios aos clientes. Eles devem pensar em novos produtos, na administração e no crescimento. Um empresário não se cria de um dia para o outro. Se cria em um conjunto de coisas, tem que ter o conhecimento da universidade, das leis, da realidade e saber trabalhar com isso. Eu comecei cedo a colocar eles no ambiente da empresa, mas a decisão de seguir é deles. Quando eles conseguirem mostrar que tocam a empresa sozinho, aí posso dizer que cumpri minha missão na parte de EPI.

Quais os desafios à frente do negócio?
Marcelo Ceppo – O maior desafio é a exportação dos produtos para atingir as necessidades. No mundo, apenas oito empresas oferecem equipamentos específicos para bombeiros. Nós estamos entre elas. Então é uma responsabilidade grande, pois protegemos uma pessoa que está em um lugar crítico. Além de manter a qualidade.

Quais os planos para o futuro?
Marcelo Ceppo – Projetamos a criação de uma nova fábrica de 5 mil metros², em Fazenda Vilanova, às margens da BR-386. Deve gerar cerca de 30 empregos. Estamos localizados no Vale do Taquari em um ponto bem estratégico, que podemos fazer isso. Exportamos para sete países, com isso, queremos até o fim de 2023, chegar em 50. Estamos esperando o alvará da prefeitura para dar andamento ao projeto.

Como é empreender em Colinas?
Marcelo Ceppo – É um desafio porque no interior não conseguimos mão de obra especializada, então dependemos de gente que vem de fora. Temos problemas no meio de transporte porque horário de linha não fecha com de funcionamento. Tem várias situações que a cidade precisa desenvolver para consolidar as indústrias aqui.

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