Quando surge a história d’O Paladino?
Mariza Schwertner – O Paladino tem 102 anos de fundação. Primeiro foi criado o jornal, em 1921, por Antonio Cardoso. No ano de 1930, meu sogro Aloysio Schwertner, passou a fazer parte da sociedade e com isso também foi anexado a livraria e a gráfica comercial ao periódico. Após o fechamento do jornal, devido à Guerra, meu sogro permaneceu sozinho na administração do restante dos serviços. E assim, meu marido Luiz Roque Schwertner passou a fazer parte da sociedade. Quando meu sogro faleceu, passei a ajudar na loja que seguiu como livraria e papelaria. Hoje administro o Paladino com uma equipe de funcionários que nos acompanha há bastante tempo.
Como O Paladino fez parte de Estrela ao longo dos anos?
Mariza Schwertner – É um nome muito conhecido na cidade. As pessoas sempre associam ao jornal ou à livraria. Isso aconteceu porque o Roque era uma pessoa muito ligada à comunidade e apaixonado por Estrela. Ele sempre participou das iniciativas, como também patrocinou diversos eventos, principalmente relacionados ao esporte. Ele levava O Paladino onde ele fosse. Isso também foi um costume deixado pelo meu sogro. Roque também era participativo nas associações comerciais da região e apoiava as ações dos clubes de serviço. Até hoje patrocinamos a campanha Cartaz da Paz, do Lions Clube de Estrela.
Como você passou a fazer parte da administração da empresa?
Mariza Schwertner – Eu sempre trabalhei como professora. Mas em certo momento, procurei auxiliar Roque. Com a nossa parceria, conseguimos implementar algumas mudanças. Colocamos itens diferentes para a venda, como a área de presentes, de embalagens de material escolar. A livraria acabou ficando com mais cor. Dividíamos bem as nossas tarefas e eu sempre tive liberdade para implementar o que eu achasse necessário.
Qual o legado d’O Paladino?
Mariza Schwertner – Uma curiosidade: O Paladino nunca saiu da rua Treze de Maio. Primeiro foi construído o prédio que hoje é sede do Jornal Nova Geração, depois foi localizado na esquina com a Fernando Abott e, hoje, permanecemos entre esses dois locais. Inclusive, há uns anos surgiu oferta de compra da livraria, mas decidimos que íamos esperar os 100 anos de atuação, pois o Roque era muito apegado a isso. Tanto que na comemoração do centenário d’O Paladino, foi colocada uma placa na sede do jornal e ele esteve presente.
Como você visualiza o futuro da livraria?
Mariza Schwertner – Esperamos que quem continue com o negócio, mantenha a livraria e a papelaria aberta e que continue se reinventando dentro do empreendimento. Também esperamos que sejam mantidos a história e o padrão oferecido. Mas isso depende de quem der continuidade. Estamos à espera.
