Jornal Nova Geração

TEUTÔNIA

Câmara recusa denúncia contra vereador por suposta quebra de decoro

Requerimento do PT solicitava formação de Comissão Especial para apurar discurso de Claudiomir de Souza, considerado ofensivo e discriminatório

Foto: Alexandre Miorim

A câmara de vereadores rejeitou na noite dessa terça-feira, 11, a denúncia contra o vereador Claudiomir de Souza (União Brasil) por suposta quebra de decoro parlamentar. Por sete votos a três, o plenário negou o requerimento protocolado na segunda pelo diretório do Partido dos Trabalhadores em Teutônia. Com o resultado, a peça foi arquivada.

O requerimento foi assinado pela presidente do PT no município, Rosely Schneider, e o secretário da sigla, Paulo Bayer. Os requerentes solicitavam a formação de uma comissão processante para apurar discurso proferido por Souza na sessão anterior. Para tanto, eram necessários os votos da maioria simples.

Na tribuna em 4 de julho, Souza havia feito críticas ao que chamou de “ideologia de gênero”, pela qual o governo federal estaria querendo “destruir nossas crianças”. O documento considerou a manifestação “desequilibrada, incontida, abusada e ofensiva sob o ponto de vista discriminatório e moral”. Em caso de aprovação, o grupo iria averiguar a denúncia contra o vereador e emitir parecer favorável ou contrário à sua cassação.

“Imunidade”

Alvo do requerimento, Claudiomir de Souza se defendeu da acusação de quebra de decoro parlamentar e atribuiu a articulação como uma tentativa de “perseguição política” da oposição por ele ter se aproximado do governo municipal. “Temos imunidade parlamentar, mas parece que estão querendo violá-la”, rebateu.

Souza afirmou que sua manifestação é condenada por parte da população, mas que a parcela da sociedade representada pelo seu quarto mandato no Legislativo o apoia. Mencionou ainda que moverá ações contra comentários “cristofóbicos”, que teria sofrido na internet, a partir da repercussão do caso. “Em nome da democracia, querem calar a boca de um vereador cristão”.

Secretário exonerado

A votação trouxe à tona mais uma disputa política entre situacionistas e oposição. Três vereadores oposicionistas votaram favoráveis à instalação da Comissão Processante. Nos últimos embates no plenário, Souza vinha se posicionando junto com a base aliada do Executivo, a exemplo do projeto de financiamento de R$ 15 milhões para obras asfálticas, que foi rejeitado em junho.

Da parte do governo, o vereador que estava licenciado para atuar como secretário de Saúde, Juliano Körner, foi exonerado e participou da sessão da câmara. Nos bastidores, a informação é que ele foi recolocado no Legislativo para garantir a rejeição do requerimento contra Souza, visto que a vereadora suplente, Neide Schwartz (PDT), poderia votar favorável.

Como votaram os vereadores sobre a instalação de Comissão Processante

Favoráveis:

Luias Wermann (Cidadania)
Evandro Biondo (MDB)
Hélio Brandão (PTB)

Contrários:

Vitor Krabbe (PDT)
Juliano Körner (PDT)
Diego Tenn Pass (PDT)
Jorge Hagemann (PDT)
Márcio Vogel (MDB)
Claudiomir de Souza (União Brasil)
Cleudori Paniz (PSD)

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