A comunidade de Estrela e o setor de eventos tem à disposição uma nova estrutura a partir desta sexta-feira, 9. O Centro Cultural Celso Brönstrup será inaugurado com apresentações de diversas manifestações artísticas do município. Serão homenageados familiares do ex-prefeito, que iniciou a construção do prédio no início do segundo mandato, em 2009, e dá nome ao local. Brönstrup faleceu em 2014 e completaria 68 anos no dia da abertura do auditório.
A programação de abertura será composta de artistas expoentes locais, de acordo com o secretário do Turismo, Cultura, Esporte e Lazer, Joel Mallmann. “Queremos dar preferência para os artistas de Estrela. Essa é uma data muito importante e nós queremos presentear a comunidade.” A diversidade cultural está no foco, com danças folclóricas alemãs, declamações tradicionalistas, apresentação carnavalesca, entre outras atrações.
O centro cultural tem como objetivo receber desde peças de teatro, até mostras de orquestras. O formato do local lembra um espaço de apresentações cenográficas, com a característica diferente de um anfiteatro, que é projetado no formato oval. “Tem um mega palco, que permite todo tipo de espetáculo cultural e artístico”, diz Mallmann.
O secretário indica que o local também será utilizado para atividades do calendário oficial do município. Ele cita como eventos aulas inaugurais das escolas, ações voltadas aos 200 anos da imigração alemã, comemorados em 2024, além de solenidades específicas.
Ao todo, o espaço de 1,8 mil m² terá capacidade para 500 pessoas, com o uso de poltronas. Para o lançamento oficial, serão utilizadas cadeiras locadas na área de arquibancadas. O governo projeta adquirir os assentos, mas não estabelece um prazo para a instalação definitiva, devido ao grande investimento necessário. Além disso, existem ideias de implementar outras melhorias, como climatizadores fixos e ar condicionado central.
Repasse da gestão
O governo ainda avalia a possibilidade de uma parceria público-privada para a administração do centro. Mallmann usa o Auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre, como exemplo de sucesso desse modelo. No entanto isso não ocorrerá, pelo menos no início das atividades do espaço. Uma eventual concessão à iniciativa privada demandaria uma licitação, com o repasse do direito de exploração a empresa vencedora, e as obrigações de manutenção também transferidas. “Tudo dependerá de uma decisão majoritária”, aponta o secretário.
Quase uma década e meia de espera
A construção do prédio começou em 2009, em local privilegiado no centro de Estrela, na rua Bruno Schwertner. A obra, com orçamento de R$ 960 mil na época da montagem do projeto, em 2005, teve inconstantes repasses financeiros do governo federal e entraves burocráticos, e tinha previsão de entrega para 2012.
No período, foram repetidas as promessas para abertura do espaço. O primeiro passo seria levar a biblioteca municipal para o complexo, o que deveria ter ocorrido em maio de 2017 e maio de 2018. Um ano depois, o que deveria ser a recepção do centro cultural, se tornava o acervo público.
O governo de Estrela mantinha tratativas com a União, enquanto o local passava por reforma e adaptações no projeto. Ainda em 2021, o prédio era utilizado como depósito, ao mesmo tempo que entraves jurídicos impediam o avanço da obra. A inauguração é tratada como um “marco histórico”, nas palavras de Mallmann. “Será uma noite especial”, conclui.
“Entregou parte da vida por Estrela”
A atuação política é muito lembrada pela família de Celso Brönstrup. “Foi uma pessoa que entregou boa parte da vida por Estrela”, lembra Mariza Casagrande Brönstrup ,viúva do gestor. Ela faz quatro recortes da vida do ex-prefeito, como marido, pai, empresário e político, e faz questão de destacar a importância dada por ele à cultura, tanto que uma das ações iniciais do primeiro mandato foi o projeto do centro.
O homenageado
Celso Brönstrup nasceu em 9 de dezembro de 1954, em Languiru, ainda pertencente à Estrela, se formou em Engenharia Florestal, e entrou para política em meados dos anos 1980. Teve mandado de prefeito entre 2005 e 2012, foi vice-prefeito entre 1989 e 1992, e secretário de obras do município em 1989 e 1990.
