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ESTRELA

Centro de inovação atrai empresas e estimula a qualificação

Espaço junto ao antigo prédio da Polar está em fase final de preparação e vai ofertar estrutura para instalação de empreendimentos e formação de profissionais

Governo divulgou imagens do projeto com inauguração prevista para maio. Crédito: Divulgação

A partir do aval para início das atividades do Centro Empresarial de Inovação, Tecnologia e Qualificação (Ceiteq), avançam as tratativas para ocupação dos espaços no antigo Complexo da Polar. Projetada desde o ano passado, a implantação do espaço colaborativo depende do término das reformas no segundo andar no prédio que recebe a Secretaria de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade (Sedis).

O centro vai proporcionar a oportunidade de incubação de empresas. Três já manifestaram interesse em se instalar no Ceiteq, de acordo com a secretária Carine Schwingel. A que teve o nome divulgado foi a Campear, startup do setor rural, que foi criada na Incubadora Tecnológica da Univates (Inovates). Outro empreendimento é do segmento de educação financeira e a terceira não teve a área de atuação confirmada.

Em paralelo, a gestora detalha o formato de operação do local. A proposta é estabelecer parceria entre pessoas que buscam formação com empresas em desenvolvimento. “Entendemos que o próprio empresário pode ser o parceiro no fomento à qualificação que vai acontecer ali dentro. A contrapartida vai ser passar o seu conhecimento para um curso de qualificação para essa gurizada que queremos trazer. É um movimento de retroalimentação.”

No cronograma da Sedis, está deixar as instalações do centro prontas em menos de três semanas, para lançar e apresentar à comunidade. “O Ceiteq será onde funcionava a secretaria, no segundo andar do prédio. Reformamos o terceiro andar, subimos para lá, e estamos concluindo a reforma da estrutura do hub”, explica Carine.

Estrutura do Ceiteq

Um auditório para 30 pessoas foi preparado para eventuais palestras ou qualificações. O local também contará com uma sala de reuniões, que servirá como um espaço colaborativo – chamado formato coworking – para empresas que não tenham sede fixa. Outras quatro salas fechadas vão atender à necessidade de empreendimentos que queiram manter base no Ceiteq. “Isto entra no perfil de um hub de inovação”, diz a secretária.

Para participar, deve ser feito um protocolo de interesse junto à secretaria, o qual será avaliado por um conselho, formado por nove integrantes do governo e entidades do município. A secretária pontua que os critérios analisados são a ordem de protocolo e o perfil de negócio. A primeira reunião ocorre na próxima semana para encaminhar a primeiras parcerias.

Complexo da Polar receberá espaços colaborativos para empresas e profissionais na área da inovação. Crédito: Jhon Willian Tedeschi

Vínculo com a comunidade

O diretor do Departamento do Trabalho, Daniel da Silva, destaca a necessidade de aproximar os serviços do Ceiteq da população periférica. Ele cita o êxito da plataforma Conecta Estrela, que proporciona a candidatos e empresas uma forma mais assertiva para preencher vagas de trabalho. Todas as semanas a equipe da Sedis vai até os Centros de Referência em Assistência Social (Cras) para essa busca ativa.

“Temos que fazer algo que seja voltado à nossa comunidade. Não adianta pensar lá na frente, a proposta precisa ser adequada a realidade de Estrela”, aponta. Entre os planos para utilização do centro, está levar os alunos do município para ter esse primeiro contato com o espaço de inovação.

Inspiração na história

Uma visita da equipe da secretaria ao Instituto Caldeira, em Porto Alegre, ajudou a destravar as ideias sobre o hub de Estrela. O espaço inaugurado em 2019 utiliza um antigo complexo industrial, que ainda com caldeiras importadas da Europa na década de 1920. A proposta era retomar uma tradicional área da capital, conhecida como Quarto Distrito, para movimentos de inovação e desenvolvimento tecnológico.

As semelhanças com a estrutura pouco utilizada do complexo da Cervejaria Polar e a necessidade de renovar o local, além de voltar os olhares da cidade para a beira do rio, impulsionaram o andamento do projeto.

Escola de Laticinistas

Os desafios para identificar mão de obra qualificada no setor de laticínios fez com que outra ideia surgisse na secretaria. A formação de uma escola de laticinistas, que seria a segunda no Brasil, avançou para um projeto que já foi levado à Superintendência da Educação Profissional do Estado (Suepro). A montagem da escola tem orçamento superior a R$ 1,3 milhão.

“Nossa surpresa foi a aprovação imediata. Foi a primeira vez que disseram sim para um curso, porque perceberam a viabilidade do negócio e por se tratar de uma proposta em nível estadual”, acrescenta Carine. A Universidade do Vale do Taquari (Univates) deverá ser outra parceira. A instituição conta com um laboratório de leite pronto e indicou interesse em participar das formações.

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