Jornal Nova Geração

OPINIÃO

Ciclismo: mobilidade ou lazer

"A busca pelo espaço compartilhado é visível, porém cada vez mais sendo exigida a presença de governantes junto das necessidades ciclísticas”

Considerando a escassez de tempo e o desenvolvimento da sociedade contemporânea, a mobilidade urbana aliada ao lazer, através do uso da bicicleta como meio alternativo de mobilidade, tem se tornado cada vez mais frequente, tanto entre os adeptos do ciclismo quanto da comunidade em geral.

Porém, os espaços urbanos ocupados por ciclistas que buscam agilizar os deslocamentos ainda não são tão presentes quanto o uso da bike para lazer, haja visto as dificuldades encontradas, principalmente relacionadas à segurança, de quem trafega com a bicicleta nas vias.

A crescente no uso da bike tem provocado uma conscientização coletiva, pois, o ciclista, na verdade, configura-se como uma pessoa, um ser, que ora está ciclista, mas também é um pai, uma mãe, um professor, médico, dentista, advogado, amigo da família, um conhecido, entre outros.

A busca pelo espaço compartilhado é visível, porém cada vez mais sendo exigida a presença de governantes junto das necessidades ciclísticas, quando o assunto é mobilidade urbana.

Pensa-se muito em agilizar o trânsito de veículos nas vias, mas muito pouco em proporcionar uma via segura para os ciclistas. Muitos dos problemas advindos da crescente urbanização podem ser minimizados ou até sanados, caso fosse pensado em tirar os veículos das vias, ao invés de colocar cada vez mais.

É comprovado o quanto a atividade física faz bem para o corpo e a mente. Ainda, em relação às atividades profissionais, não há o que discutir que pessoas saudáveis produzem mais e estão mais bem dispostas no ambiente de trabalho. Ainda, para a gestão pública, pessoas saudáveis procuram menos os sistemas de saúde gerando, inclusive, economia aos cofres públicos que, aliado ao melhor rendimento profissional, geram renda.

Há de se pensar, seriamente, em trazer o ciclismo para mais perto da mobilidade urbana na nossa região. Planejadamente, em vias alternativas, encontramos espaços aptos a receber ciclovias/ciclofaixas “urbanas” e, quem sabe, num futuro próximo, ciclistas terão mais coragem de, ao invés de tirar o carro da garagem, deslocarem-se de bicicleta, rotineiramente. Certamente essa corrente do bem fará com que surjam ainda mais grupos de ciclismo e pessoas aptas a tirarem a bike da garagem.

Compartilhar conteúdo

PUBLICIDADE

Sugestão de pauta

Tem alguma informação que pode virar notícia no Jornal Nova Geração? Envie pra gente.

Leia mais: