A Comissão Parlamentar Processante (CPP) que investiga o vereador Claudiomir de Souza (União Brasil) entra na fase das audições das pessoas envolvidas. Nesta terça-feira, 29, as testemunhas serão chamadas a depor no processo que apura suposta fraude em diárias utilizadas pelo parlamentar em uma viagem a Brasília, em 2021.
Das 11 pessoas listadas para prestar depoimento, nove estão confirmadas. O presidente da comissão, Cleudori Paniz (PSD), realça que o deputado Marcelo Moraes (PL), um dos convocados, não confirmou presença. As audições começam às 9h, no plenário da Câmara de Vereadores.
A CPP é formada, além de Paniz, pelos vereadores Hélio Brandão (PTB), relator do processo, e Vitor Ernesto Krabbe (PDT), secretário. “Após os depoimentos, vamos nos reunir, provavelmente na quinta ou na sexta, para saber que rumos tomar”, projeta. O presidente da comissão explica que mesmo que algum dos convocados falte, o processo poderá avançar para votação.
Uma das principais dúvidas era se o vereador Diego Tenn Pass (PDT) seria chamado a falar. O pedetista era presidente do parlamento na época da viagem e foi quem contratou uma perícia para avaliar os documentos de comprovação da viagem feita por Souza. Para poder participar da votação, ele fica fora dos depoimentos.
Sobre os depoimentos
Durante as falas das testemunhas, os demais vereadores podem fazer questionamentos. “Para embasar o voto no momento do relatório”, afirma Paniz. O vereador do União Brasil será o último a se manifestar.
O prazo final para a definição da comissão processante é no fim de outubro, com o relatório feito por Brandão levado ao plenário da Câmara. Uma eventual perda de mandato de Souza necessitaria de oito votos dos 11 parlamentares.
Relembre o caso
Souza enfrenta acusações de falsificação de documentos com o objetivo de receber diárias por uma suposta visita ao gabinete do deputado Marcelo Moraes (PL) em Brasília. A situação veio à tona quando o então presidente da Câmara, Diego Tenn Pass (PDT), contratou um perito para investigar o caso.
O perito concluiu que as assinaturas presentes nos documentos eram, na verdade, recortes digitais de uma assinatura original. Durante a viagem em questão, Souza teria sido acompanhado pelo vereador Hélio Brandão. No entanto, Brandão nega ter visitado os mesmos lugares em Brasília ou ter acompanhado o colega durante a estadia na capital federal.
