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VALE DO TAQUARI

Comitiva reforça demandas de municípios atingidos pela enchente

Promessa de expansão do crédito solidário para grandes empresas e isenção de recolhimento do FGTS por quatro meses foram principais pautas das agendas em Brasília

Uma das agendas foi com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho (c), para suspensão temporária do recolhimento do FGTS. Crédito: Divulgação

Prefeitos e líderes regionais estiveram em Brasília ao longo da semana para articular a liberação de recursos para localidades afetadas pela cheia do início de setembro. Uma audiência pública na Câmara dos Deputados, na quarta-feira, 17, debateu os prejuízos com a presença de ministros, deputados e secretários do governo federal.

Entre os resultados do encontro, o anúncio da extensão para grandes empresas da linha de crédito criada pelo BNDES para socorrer as cidades afetadas. O chamado programa de crédito solidário está direcionado a pequenos empreendedores e agricultores familiares que, na estimativa da União, equivalem a 98% da economia da região.

A principal crítica dos gestores da região é quanto à burocracia dos processos. De acordo com o presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) e prefeito de Estrela, Elmar Schneider, as perdas na região ultrapassam R$ 1,5 bilhão. “Precisamos ter pressa na reconstrução, mas isso só será possível com muito trabalho e união dos prefeitos, sociedade civil, parlamentos e governos.”
Suspensão do FGTS

A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) encaminhou o pedido da suspensão temporária da obrigação do recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) por seis meses. O documento foi apresentado ao ministro do Trabalho, Luiz Marinho. As empresas afetadas terão pelo menos quatro meses de suspensão, após as reuniões iniciais.

Além da suspensão, a entidade empresarial reivindica a isenção das atualizações, juros e multas sobre o FGTS durante o período, com amortização do valor nos 24 meses após o término da medida.

Demais agendas

A infraestrutura regional também fez parte da pauta da comitiva. Schneider e a diretora-administrativa da Empresa Pública de Logística Estrela (E-Log), Andressa Träsel, foram ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para viabilizar uma nova batimetria no Rio Taquari, no trecho entre o Porto de Estrela e a Barragem de Bom Retiro do Sul. A previsão é que a análise inicie após o nível do rio estabilizar na cota normal.

No Ministério de Portos e Aeroportos, a comitiva de Estrela reforçou o pedido pela pavimentação do Aeródromo Regional, na Linha São José. O entendimento geral, de acordo com Andressa, a estrutura será fundamental para a retomada das atividades no porto. “Facilita muito o acesso do empresariado que tem investimentos no Vale e regiões do entorno”, pontua.

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