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ESTRELA

Comunidade exige melhorias em “pior rua da cidade”

Condições de via que dá acesso às duas escolas do bairro Pinheiros geram mobilizações, com abaixo-assinados e protocolos junto ao governo. Legislativo reitera pedidos de providência

Trecho próximo à Emei do bairro tem asfalto, mas em condições ruins de conservação. Crédito: Jhon Willian Tedeschi

“A pior rua da cidade.” A frase, repetida com frequência pelos moradores da rua Herta Lohmann Porn, no bairro Pinheiros, dá o tom das críticas quanto ao estado de conservação da via que liga as duas escolas da localidade.

Uma parte da via, com cerca de 140 metros, foi licitada para asfaltamento em 2019, para facilitar o acesso de alunos à Escola Municipal de Ensino Fundamental Pinheiros. O valor da obra passou dos R$ 250 mil à época.

O projeto original, de 2018, previa a implementação de asfalto em todos os 340 metros da rua, com recursos de emenda parlamentar. Já no ano passado, o governo contratou uma empresa para avaliar as condições para pavimentar mais 95 metros da via, mas o processo não teve seguimento.

A família da metalúrgica Cláudia Fell, 50, mora na esquina da Herta Lohmann Porn com a Jorge Pedro Ströher há 22 anos. Ela lembra que outras ruas do bairro precisaram de manifestações mais fortes para ganharem visibilidade e as obras necessárias. “Queríamos fazer o mesmo, mas resolvemos esperar”, pondera.

Um grupo juntou assinaturas na vizinhança e entregou para protocolo na prefeitura, ainda em junho do ano passado. Foi a segunda mobilização do tipo, sem que houvesse efeitos práticos. “Nossa luta maior vem de três, quatro anos para cá”, diz Cláudia. A sugestão foi para os moradores aderirem ao sistema de pavimentação comunitária, opção descartada por eles.

Perigo e descaso

O risco de acidentes no trecho próximo à Escola Municipal de Ensino Infantil Espaço de Sonhos é iminente. Ainda há asfalto na parte após a rua Guilherme Siepmann, no entanto as más condições são suficientes para expor a integridade física dos condutores. “Um motociclista caiu com uma criança na carona há alguns meses. Foi Deus que evitou algo pior”, relata a aposentada Lúcia Leonhadt, 64, que vive no local há oito anos.

Ela diz ser “uma vergonha” a situação da via, não apenas para quem é morador ou trabalha na instituição de ensino. “Quando minha filha vem para cá, preciso avisar sempre para ela cuidar com os buracos. Se tiver algum estrago no carro, certamente não é o município quem vai pagar”, pontua.

Lúcia ainda conta que o município diz não ser necessário uma reforma no pavimento, pelo pouco trânsito de caminhões. “Tem sido prejudicial mesmo para os veículos menores”, acrescenta.

Legislativo tratou do tema

O assunto foi pauta na sessão da câmara desta semana, com um pedido de providência enviado pelo vereador Douglas Daroit (PTB), justificado pelo risco às crianças que transitam pelo local e pela impossibilidade da passagem de veículos, especialmente no horário entre 6h45min e 7h30min.

Outro parlamentar, Volnei Zancanaro (União Brasil), complementou ao afirmar que foram 17 solicitações de melhoria encaminhados ao Executivo. A administração não retornou o contato feito pela reportagem até o fechamento desta edição.

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