Jornal Nova Geração

Cuidados com os testes para Covid-19

Os testes para detecção de doenças como a Covid-19 são exames que detectam se a pessoa teve ou não contato com o vírus. O tipo de amostra usada pode ser sangue, soro ou plasma, e os outros que precisam de amostras de secreções coletadas das vias respiratórias, como nasofaringe (nariz) e orofaringe (garganta).

Existem para realização de testes “in house” vários dispositivos para realização de exames para SARS-CoV-2, estes testes são desenvolvidos por laboratórios clínicos, conforme seus próprios protocolos. O desenvolvimento deste tipo de teste segue normas da Anvisa (Resolução da Diretoria Colegiada – RDC 302/2005) e a produção é exclusivamente para uso próprio do estabelecimento, em pesquisa ou apoio diagnóstico. Por isso, não podem ser comercializados.

Esses dispositivos precisam ter registro na Anvisa, que é uma das etapas do controle sanitário de produtos. Nesta fase, é exigida a apresentação de documentos da empresa, como Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) e Certificação de Boas Práticas de Fabricação (CBPF). Também devem ser apresentados documentos sobre o produto a ser registrado, como ensaios clínicos, fluxo de produção, estudo de estabilidade e outros dados que indiquem sua segurança, qualidade e eficácia. O objetivo é avaliar se o produto é capaz de dar o resultado para o qual foi desenvolvido.

Diversos tipos

Existem diversos tipos de testes aprovados até o momento pela Anvisa. Há testes sorológicos, que fazem o uso de amostras de sangue, soro ou plasma e de uma metodologia chamada imunocromatografia (geração de cor a partir de uma reação entre o antígeno e o anticorpo) para detectar anticorpos produzidos pelo próprio organismo do paciente em resposta à infecção pelo coronavírus, chamados de IgM e IgG. Esses indicadores revelam se a pessoa teve ou não contato com o vírus.

Tendo em vista que o organismo demanda um tempo para a produção destes anticorpos (janela imunológica) a partir do contágio, a imunocromatografia é indicada para exames a partir de dez dias após o início dos sintomas. É sempre importante ressaltar que os testes rápidos são de uso profissional e que os resultados devem ser interpretados por um profissional de saúde, considerando informações clínicas, sinais e sintomas do paciente, além de outros exames. Somente com esse conjunto de dados é possível fazer a avaliação e o diagnóstico ou descarte da doença. Ou seja, o teste rápido fornece parte das informações que vão determinar o resultado.

Entre os testes aprovados também há os que usam o método RT-PCR (sigla em inglês para transcrição reversa seguida de reação em cadeia da polímeras). Esse tipo de teste se baseia na detecção de fragmentos do material genético do vírus, porém não detecta contágios passados, caso a pessoa já tenha eliminado o vírus do organismo por imunidade e é um processo delicado nas fases de extração do material genético.

Laudos

Também foram aprovados testes para detecção de anticorpos com o uso de outras metodologias, como ELISA, imunoensaio quimioluminescente (CLIA) e imuno ensaio de fluorescência, que é o mais indicado pela rapidez nos processos de análise, no qual a leitura do resultado é feita a partir da fluorescência formada na reação do antígeno com o anticorpo. Neste último há a possibilidade de detectar e medir com mais rapidez, precisão e evidenciar por um ponto de corte que facilita a leitura do resultado, avalia o nível de infecção do paciente e facilita a identificação de infecções primárias ou secundárias. Lembrando que para realização de qualquer metodologia precisa haver o acompanhamento de profissionais especializados e qualquer exame para ser válido deve estar acompanhado de laudo.

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