O presidente executivo da Dália, Carlos Alberto Freitas, falou sobre os desafios frente à crise da proteína animal e do leite no dia em que a cooperativa completa 76 anos. A participação foi no programa A Hora Bom Dia desta quinta-feira, 15.
“Existe um trabalho muito forte de toda equipe Dália. É uma gestão transparente. Não sabemos o que vem pela frente no país. No que depende de nós, vamos sobreviver e voltar a crescer e se desenvolver. A Dália está vivendo a crise, mas com tudo em seu controle.”
Para Freitas, o que mais preocupa é a falta de ação do governo para socorrer as agroindústrias. Ele entende que o Estado está mais preocupado com o fator político, e não o econômico. “As empresas estão se virando por conta. As cooperativas não têm linhas de capital de giro a longo prazo. Por isso, falam primeiro em crise. Já as S/As não divulgam suas crises para não perder valor de ações”, um importante mecanismo de capital de giro.
Segundo ele, a crise começou em 2021 com aumento nos custos, relacionado à pandemia. A situação é mais delicada no Rio Grande do Sul, se comparado ao resto da região Sul do país. As agroindústrias gaúchas precisam arcar com maiores custos de logística para mandar seus produtos para outros estados, devido à distância geográfica, além de sofrerem com uma tributação maior.
Em 2023, o setor do leite estável até agora, causa preocupação devido ao crescimento nas importações de lácteos da Argentina e Uruguai. No primeiro quadrimestre, em relação ao mesmo período do ano passado, saltaram em 286,4% em valor. Conforme Freitas, o valor do leite deve reduzir ainda mais nos próximos meses.
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