Jornal Nova Geração

OPINIÃO

Desafios da contemporaneidade

"Incentivar a leitura é de suma importância para termos conhecimento de diferentes realidades e evitar que o “estranhamento cultural” continue a motivar conflitos”

A história da humanidade está vinculada a “movimentações”. As (i)emigrações por variados motivos podem ser divididas em históricas e recentes. Grande parte dos países situados ao sul do equatorial foram, inclusive, até recentemente (em especial a África) colônias europeias. As origens do subdesenvolvimento estão alicerçadas nas formas de colonização de exploração aplicadas pelos europeus nos períodos de colonização, e, o que me choca é, que, atualmente, grande parte dos países que fazem parte da União europeia tentam impedir a entrada de emigrantes de países na qual os europeus semearam inúmeros problemas.

Diversos foram, são e serão os motivos que impulsionam os fluxos migratórios, tendo destaque crises econômicas, políticas, religiosas e os conflitos mundiais, como no caso da Ucrânia. Dificilmente os países desenvolvidos irão conseguir conter estes fluxos e o melhor a se fazer é acolher os imigrantes.

Nesse contexto, o multiculturalismo é um fenômeno que se acentuou em especial, após a globalização. As diferenças e semelhanças sempre estarão em voga e não devemos nos esquecer que hoje, nós brasileiros tivemos na ancestralidade forasteiros. Além disso, a xenofobia, o etnocentrismo, o nacionalismo exacerbado, são fenômenos que causaram e ainda geram ocasionam problemas. Experiências passadas deixaram inúmeras “veias abertas”, como no caso da escravidão e dos regimes totalitários – que, em virtude de serem recentes – é necessário que tenhamos cautela. A história tem um papel muito importante, que é resgatar esses acontecimentos para que os erros do passado possam vir a ser evitados.

Apesar de tantos meios de comunicação existentes, inúmeros são os casos de racismo, de intolerância religiosa, de preconceitos por diferentes motivos. E como reagir e contribuir para evitar que casos como estes sejam evitados? Como docente, enfatizo que família-escola possui um papel fundamental no que diz respeito à aprendizagem e à formação de opinião de cada indivíduo. Incentivar a leitura é de suma importância para termos conhecimento de diferentes realidades e evitar que o “estranhamento cultural” continue a motivar conflitos. Além das leituras, outra dica é ter cuidado com informações que são disseminadas no espaço virtual, tendo em vista que, o “achismo” contribui para a disseminação de fake news.

Portanto, devemos ter muito claro que cada pessoa tem liberdade de ir e vir e devemos respeitar as diferenças culturais. Para quem chega ou para quem vai, o bom senso, a resiliência, a empatia, a simpatia, o respeito devem estar em primeiro plano. Nelson Mandela em determinado momento proferiu a seguinte frase: “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar”.

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