O dia mais romântico do Brasil está chegando, muitos corações no ar, restaurantes pet friendly se preparando para te receber, lojas com os melhores produtos a oferecer, tudo para celebrar o dia dos apaixonados, com flores e chocolates para os enamorados, dia para àqueles que celebram o amor de todas as formas, de todas as cores…ah! O amor. Para quem está solteiro, já buscou ou busca por este amor infinito, para estar junto, aconchegado, quentinho, recebendo cafuné. Mas será que nossos animais de companhia precisam disso também?
Algumas pessoas ainda acreditam nestes comparativos entre vida humana e canina/felina associando a necessidade de seu animalzinho em namorar. Pois bem, a resposta é não. Os animais, diferentemente do ser humano, “namoram” em determinadas épocas do ano com o intuito de propagação da espécie, ou seja, para que estes não entrem em extinção. Mas a natureza é sábia, deixando apenas aqueles animais mais fortes sobreviverem ou com alguma característica especial. Quando interferimos, que de fato em algumas espécies precisamos, como no caso dos Ursos Panda, faremos este trabalho de maneira científica e em busca de melhoramento genético.
Ao longo das últimas décadas, os cães, por exemplo, foram sendo cruzados de formas aleatórias sem embasamento científico algum e hoje, temos raças com padrões diferentes das originárias, sem mencionar seus “defeitinhos de fábrica” como, tipo de mandíbula mais curta, problemas na coluna, na pele, de comportamento, etc. Fatores estes que estão aparecendo devido à má conduta em reprodução da espécie, ao se romantizar machos e fêmeas. Mas como assim “romantizar”? Sabe aquela pergunta “eu tenho macho tu tens fêmea, vamos cruzar nossos cães/gatos?” Então, isso é extremamente errado.
Primeiro porque estás transformando a vida de seu animal de companhia em um “mini humano” que precisa namorar; segundo porque a fêmea não é fábrica de filhotes para comércio, sendo proibido em alguns municípios em nosso Estado; terceiro que tu acabas incentivando à má reprodução da espécie, o que gera animais com defeitos de aprumos e/ou comportamento, e ainda, há o abandono de animais. Cães e gatos não estão entrando em extinção, então, deixe para os profissionais em melhoramento genético fazê-lo. Como? Não peça filhotes para alguém. Procure por canis registrados que façam este trabalho e respeite-o.
Ok Hélen, entendi sobre raças, mas e os vira-latas que vemos nas ruas, vários filhotes e adultos abandonados, ou até mesmo sacrificados? Bem, aí meu caro leitor, sobreviveram porque são fortes aos olhos divinos, estão na Terra para nos tornarem seres melhores, para nos ensinarem a amar, e ainda, lembrem que os animais são sencientes, ou seja, dotados de sentimentos e sensibilidade. Aos tutores fica a dica, a presença e abandono deles foi, em grande parte, por “romantização” sua! E assim, voltamos ao começo desse artigo.
Em tempo, locais chamados Pet Friendly são aqueles estabelecimentos comerciais onde tu podes entrar com seu cão ou gato. Contudo, se o cão for de assistência, como os cães-guia, para surdos, autismo, diabetes, etc, a lei permite a entrada destes em qualquer local e horário independente do local ser pet friendly ou não.
