Jornal Nova Geração

ESTRELA

Em um mês, vigilância confirma mais de 50 casos de dengue

Acompanhamento feito pelos órgãos de controle epidemiológicos aponta que 80% dos focos do mosquito transmissor estão nas residências

O aumento expressivo de casos de dengue chama a atenção das equipes de saúde e da comunidade. O município registra 66 casos confirmados, visto que o primeiro via Laboratório Central de Saúde Pública do RS (Lacen) ocorreu no dia 18 de março. O crescimento nos registros se dá pelo alto índice de infestação de mosquitos transmissores da doença.

Os bairros com mais pessoas infectadas são Centro (11), Cristo Rei (9) e Indústrias (9). Entretanto, outros bairros também têm registros de pessoas contaminadas, inclusive na zona rural. Devido ao índice de infestação, os casos são considerados autóctones, quando a transmissão ocorre dentro do município.

De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde, Carmen Hentschke, é possível observar uma mudança em relação ao último ano, onde os casos se concentravam em um bairro. Por isso, ela destaca a necessidade das pessoas usarem repelente, além de evitar o acúmulo de água nos pátios e jardins.

Focos de mosquito nas casas

De acordo com uma pesquisa feita por equipes da Vigilância Epidemiológica no bairro Imigrantes, mais de 80% dos focos de mosquitos aedes aegypti estão dentro das residências. Em contrapartida, apenas 11% estão em terrenos baldios ou espaços públicos. Das 169 amostras coletadas, 138 tinham ovos contaminados pelo vírus.

A coordenadora destaca a necessidade de as pessoas limparem caixas d’água, pratos de plantas, bromélias e também manter a vistoria semanal dos locais que acumulam água, pois essa é a maneira mais efetiva para evitar as contaminações.

“Pensam que a maioria dos focos estão nas ruas, mas encontramos larvas em locais que os moradores não imaginavam que haveria possibilidade. Os mosquitos precisam de água limpa e bordas artificiais para colocarem os ovos, isso se encontra na maioria das casas”, destaca Carmen.

Ações de combate

Além dos mutirões de limpeza urbana que ocorrem nos bairros, agentes de saúde e endemias fazem pesquisas vetoriais. As vistorias são executadas ao redor de 300 metros das residências com casos suspeitos ou positivos. “Essa ação é efetiva porque avisamos aos moradores que naquela região há risco de contaminação. Fazemos uma limpeza e as pessoas ficam atentas para cuidarem de seus pátios”, diz Carmen.

Entretanto, a coordenadora destaca que com o aumento de casos confirmados e suspeitos, a demanda de visitas domiciliares está muito alta.

Por isso ela reforça a necessidade de que a comunidade faça sua parte. O próximo mutirão de limpeza urbana será sábado, 9, nos bairros Auxiliadora e Alto da Bronze.

Compartilhar conteúdo

PUBLICIDADE

Sugestão de pauta

Tem alguma informação que pode virar notícia no Jornal Nova Geração? Envie pra gente.

Leia mais: