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SAÚDE

Estrela registra a maior infestação pelo mosquito da dengue no RS

Município tem oito casos confirmados da doença e proliferação do inseto transmissor aumenta a necessidade de cuidados para evitar uma epidemia. Equipe vinculada ao governo do estado acompanhou os trabalhos nos bairros na semana passada

Amostragem feita nos bairros coloca Estrela em alto risco para contaminação pela dengue, inclusive com possibilidade de um surto da doença (Foto: Jhon Willian Tedeschi)

A incidência do mosquito Aedes aegypti e o risco de um surto de dengue colocam em alerta os gestores do município. A informação vinda do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), que Estrela é a cidade com a maior infestação pelo inseto no estado intensifica as estratégias para conscientizar a população.

Os resultados do Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa) indicam que a cada 100 residências, 14,4 estão infestadas pelo mosquito. Este número é utilizado para definir o chamado Índice de Infestação Predial (IIP).

De acordo com o Piratini, 391 municípios fizeram a coleta de amostras. Destes, 130 tiveram índice igual ou superior a 1, o que os coloca em situação de alerta, e 10 com indicador igual ou maior a 4, o que aponta para condição de risco de surto da doença.

A presença cada vez maior do Aedes e a confirmação de casos gera uma preocupação em nível estadual. Representantes do CEVS estiveram em Estrela ao longo da semana passada para acompanhar os trabalhos dos agentes de saúde.

A coordenadora da vigilância em saúde do município, Carmen Hentscke, reforça que o risco de uma alta nos registros de dengue é iminente. “Intensificamos as visitas para eliminar criadouros e orientar a comunidade para que peguem firme no combate ao mosquito. Essa é a ação mais eficaz para minimizar o problema nesse momento”, diz.

Oito casos confirmados

A preocupação aumenta ao considerar o número de casos confirmados da doença. Na última atualização da Secretaria Estadual da Saúde (SES), eram oito pessoas contaminadas pela dengue neste ano. Na microrregião onde Estrela está incluída, a taxa de incidência a cada 100 mil habitantes é de 9,1. No mesmo período do ano passado, este índice estava em 1,5.

Carmen orienta a população que atente aos cuidados individuais e aos sintomas da doença. “Peço que as pessoas usem repelente ou roupas compridas, para nos protegermos. Caso sintam algum sintoma, procurem o posto de saúde. Os sintomas às vezes são inespecíficos, como dor de cabeça, no corpo e febre, mas é melhor conferir com um profissional da saúde”, finaliza.

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