Jornal Nova Geração

TEUTÔNIA

Financiamento para estradas volta ao debate na câmara

Pedido de crédito de R$ 15 milhões precisa de autorização dos vereadores, que negaram proposta no fim de 2022. Cenário econômico e fragilidades no projeto são mencionados como justificativas para reprovação

Sessão de hoje deve colocar em votação proposta do governo para financiar melhorias em vias das áreas urbana e rural do município. Crédito: Divulgação

A discussão entre Executivo e Legislativo sobre um financiamento de R$ 15 milhões para recuperação de estradas deve ter mais um capítulo. O projeto para que os vereadores autorizem o pedido de contratação de crédito voltou à câmara e poderá ser votado na sessão de hoje, que inicia às 18h30min. No fim de dezembro, a mesma proposta foi reprovada pela maioria dos parlamentares.

O empréstimo junto à Caixa Econômica Federal assegura ao município os recursos pelo programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa). Conforme a justificativa do projeto, o valor será utilizado para recuperação de quatro ruas no perímetro urbano e outras três estradas do interior, “um anseio antigo da população que trafegam pelas ruas e estradas supracitadas, as quais se encontram em situação precária”.

Presidente da câmara, Valdir Griebeler (PSDB) aponta que os vereadores estão cientes que o município não tem recursos próprios para as melhorias, mas que o projeto gera uma “situação conflitante” no legislativo pela falta de informações. Mesmo assim, ele acredita que em algum momento a lei será aprovada.

“Os vereadores querem aprovar, mas com um projeto mais completo.” Ainda assim, ele não garante que a proposta será colocada em votação, por julgar ser necessário um maior debate sobre o assunto, uma vez que confirmado o financiamento, ele será pago em 10 anos.

Outro ponto abordado pelo tucano é a expectativa que a proposta cria na população, sobretudo em quem mora em vias não pavimentadas. “Há um clamor por novas pavimentações e uma expectativa para atender ao máximo de ruas”, explica. O cuidado dos parlamentares também está no âmbito orçamentário. “A preocupação é não tornar o município inviável em cinco ou dez anos”, conclui Griebeler.

Situação esperançosa

A base governista aposta na sensibilidade da oposição para aprovar do projeto e foca nos benefícios que a população teria. “Os outros vereadores precisam entender que é importante para os cidadãos de Teutônia, ainda mais se falar das vias do interior. A agricultura está entre 36% e 38% do PIB de Teutônia, então eles merecem ter uma estrada melhor”, pondera o vereador Vitor Krabbe (PDT), que era presidente da câmara na votação anterior.

O prefeito Celso Forneck vai na mesma linha e demonstra confiança na aprovação. “Temos certeza que os vereadores irão consultar suas bases da comunidade que são favoráveis a esse financiamento. Ficamos na expectativa e torcemos para que todos usem do bom senso para conseguirmos essa aprovação tão necessária.”

Oposição unida

Crítico do formato de financiamentos, o vereador Luias Wermann (Cidadania) defende que o cenário econômico delicado é fator determinante para não aprovar o projeto. “Defendo que não é o momento certo”, diz, ao citar jutos altos e a possibilidade da perda de recursos com a crise na Cooperativa Languiru.

O parlamentar acrescenta que os documentos do projeto estavam prontos cerca de um mês antes do pedido de uma sessão extraordinária e que esta foi pedida menos de 24 horas após o término do último encontro regular dos vereadores, no dia 11. “Julgo como uma desorganização”, afirma. Ele projeta que os vereadores contrários à proposta devem manter a posição de dezembro. “A oposição se mantém unida para a reprovação”, finaliza.

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