Jornal Nova Geração

BAÚ DE MEMÓRIAS

Flagelados da enchente em 1912

Poucos registros se tem dessa cheia, que chegou ao auge, com 27,28m, em 12 de agosto de 1912. Calcula-se que automaticamente as águas alcançaram a esquina da Rua Tiradentes com Chá Chá Pereira, no Centro da cidade

Poucos registros se tem dessa cheia, que chegou ao auge, com 27,28m, em 12 de agosto de 1912. Calcula-se que automaticamente as águas alcançaram a esquina da Rua Tiradentes com Chá Chá Pereira, no Centro da cidade. O bairro Oriental ficou inundado.
Sabe-se, inclusive, que a “ponte baixa” Manoel Ribeiro Pontes Filho estava em construção, sendo que a travessia do Arroio Estrela era feita por meio de embarcações para retirada dos flagelados que residiam no Oriental.

Em 1926 – O Cinquentenário de Estrela com inundação!

Em 1926, ano em que o nosso município chegava a completar o seu cinquentenário de emancipação, os cidadãos estrelenses viram uma das maiores enchentes ocorridas no Rio Taquari. Segundo o Jornal “O Paladino”, nos dias 20 e 21 de setembro de 1926, desabou sobre o município de Estrela uma torrencial chuva acompanhada de fortes trovoadas. As águas invadiram quase todas as casas situadas nos arredores da Vila, e chegaram a cobrir várias delas. As pontes ficaram interrompidas. Não funcionava o telégrafo, telefone e luz elétrica. A cheia teve seu pico em 27m, chegando ao último degrau da escadaria do antigo Porto de Estrela. A imperiosidade da correnteza desmoronou vários barrancos e também arrastou as escadarias da firma Fett e parte do Costa & Cia., entortando os trilhos das maxambombas.

A cheia de 1965: população do Oriental a mais sofrida!

Naquele ano, ainda estava em construção a “ponte alta” Adão Henrique Fett, para ligar o bairro Oriental ao Centro de Estrela
A população do bairro Oriental, que tinha acesso ao centro da cidade somente pela ponte baixa Manoel Ribeiro Pontes Filho, ficou ilhada, pois o Rio Taquari subiu até a marca de 25,90m no dia 22 de agosto de 1965. Os moradores da periferia foram evacuados por embarcações.
As pessoas que foram obrigadas a abandonarem suas casas procuraram abrigos em colégios, sendo as aulas suspensas por uma semana.

Estrela teve 650 famílias desabrigadas com a cheia de 1989

Cerca de 650 famílias foram desabrigadas pela cheia do Rio Taquari, que atingiu 25,90m no dia 25 de setembro de 1989. As famílias foram removidas para abrigos como: Vovolândia São Pedro e Salão Paroquial ou alojadas em casas de familiares. Para atender os flagelados, a Prefeitura de Estrela montou uma central de assistência , localizada junto à Secretaria de Obras, de onde foram comandadas todas as ações. Também foi ativada a Cozinha Central, no Galpão do Cristo Rei, encarregada do preparo das refeições. Na agricultura foram destruídos 420 hectares de milho, 40 hectares de feijão e 170 hectares de alho.

Lothar Hessel: O Município de Estrela História e Crônica

O professor Lothar Francisco Hessel era graduado em Letras Neolatinas pela Faculdade de Filosofia da Ufrgs. Fez curso de especialização nas universidades de Santiago do Chile, e de Madrid. Em 1992, publicou o livro “O Município de Estrela – História e Crônica”, reeditado em 2004. Baseado em seus estudos e pesquisas, publicou outros livros importantes, além de artigos em revistas e jornais.
Também era membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Leopoldo, do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul e do Instituto Histórico e Geográfico do Vale do Taquari – IHGVT. Foi membro da Academia Riograndense de Letras.
Infelizmente. o ilustre filho de Estrela Lothar Francisco Hessel, nascido em 31 de março de 1915, e que percorreu diversos países da América do Sul e da Europa realizando conferências e colaborando com periódicos e editoriais, faleceu no dia 24 de agosto de 2007.

O Jornalista Eligius Hallmann

O talentoso jornalista Eligius Hallmann nasceu no dia 28 de fevereiro de 1937, na comunidade de Novo Paraíso, interior de Estrela. Filho de Jacob Hallmann e Vitorina Sulzbach. Casado com Rovena Hallmann, pai do advogado Maurício Hallmann. Morreu em 14 de abril de 2006.
Eligius carregava um currículo exemplar: trabalhou na antiga Rádio Alto Taquari, jornal O Informativo do Vale e Folha de Estrela. Era o que podemos chamar de grande jornalista sendo um exemplo de força, referência de profissão.

Músico José Eidelwein

Tio Juca, como era conhecido, foi um dos mais completos trombonistas da região. Integrou várias orquestras desde o conhecido Jazz União. Viajou pelo interior do Estado levando aos corações de todos uma mensagem de alegria e amor.
Juca é o autor do hino da Rua 13 de Maio. Soprava seu trombone com sentimento no ritmo do coração. Recebia os vivas alegres dos moradores. Enchia o recinto com os acordes de suas marchinhas e sorria feliz, realizado com sua alma de músico.

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