Jornal Nova Geração

BOM RETIRO DO SUL

Golpe de falsos agentes deixa comunidade em alerta

Disfarçados de funcionários da saúde, estelionatários aplicaram crime no município. Vítima revelou ter perdido cerca de R$ 30 mil

Uma mulher de 65 anos foi lesada por golpistas em cerca de R$ 30 mil. O crime foi registrado em Bom Retiro do Sul, onde pessoas desconhecidas da comunidade se passaram por agentes de saúde para conseguir dados bancários de moradores. Quatro casos foram informados em Faxinal, no interior, e nos bairros Alto da Bronze, São João e São Jorge.

Desde semana passada, a Secretaria de Saúde reforça os comunicados de atenção sobre a ação da quadrilha, que solicita informações e documentações com a falsa intenção de “oferecer benefícios”. Os golpistas fazem diversas perguntas sobre o uso de medicamentos e o valor gasto com remédios. “Ele argumentam que, caso supere os R$ 100 mensais, existe um subsídio fornecido pela Caixa Econômica Federal, através de documentação, para crédito em conta mensalmente do recurso para medicamentos”, explica o secretário de Saúde, Paulo Marmitt.

Modus operandi

Conforme relatado a Marmitt, confirmado em registro de boletim de ocorrência, a estratégia dos estelionatários consiste em convencer a vítima a inserir documentos – como cartão de crédito, senhas, receitas médicas e orçamentos – em um envelope, que deve ser lacrado e levado à Caixa Federal. “Feito isso, com envelope lacrado, eles vão utilizar de alguma artimanha para trocar o envelope por um da mesma característica, portando volume semelhante e documentos e cartões falsos”, alerta. Pedidos de copo d’agua e para colocar o celular carregar são algumas das estratégias utilizadas para desviar a atenção da vítima.

Após a troca de envelope, os falsos agentes deixam o local. Desta forma, utilizam dos documentos, cartões e informações capturadas para fazer saques, empréstimo e demais movimentações bancárias. “Não é uma prática inédita, porém com variáveis, pois os estelionatários tem alto potencial de persuasão e se apresentam de diversas forma, obtendo convencimento até por telefonema”, atenta o delegado Juliano Stobbe, que cita exemplos como disfarces como fiscais e funcionários de outras categorias, além de lembrar do golpe do “cartão clonado” com senha para o motoboy.

Segundo o delegado, um boletim de ocorrência foi registrado e cabe, conforme os procedimentos, investigar e buscar identificar os golpistas. A tentativa de reaver os prejuízos é válida por parte das vítimas, embora os valores raramente são recuperados.

Comunidade em alerta

Stobbe revela recorrência em casos de estelionatos na região, pois as penas não são brandas. “(As penas e leis) estimulam a criminalidade, por isso devemos redobrar os cuidados. Devemos desconfiar sempre e buscar se certificar no que se refere a entrega de dados ou propostas muito vantajosas”, comenta o delegado. Desta forma, sempre que desconfiar, deve-se acionar a polícia civil ou a brigada militar.

Ao encontro, a Secretaria de Saúde de Bom Retiro do Sul emitiu alerta à população para evitar recorrência de vítima dos golpistas. “Agentes comunitários de saúde não solicitam documentos bancários, não orientam sobre auxílios financeiros e, muito menos, sobre como fazer uso de eventuais benefícios”, enfatiza o secretário Marmitt.

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