A Administração Municipal notificou a RGE em função do temporal de domingo, dia 2. Além disso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) também foi notificada, pela demora no restabelecimento. Segundo a concessionária, a maior parte dos incidentes fogem ao controle da distribuidora.
O governo, porém, considera que o vento não foi tão forte para tantos estragos. “Atribuímos os estragos à falta de manutenção, por parte da empresa. Se houvesse reparos constantes, possivelmente teríamos muito menos danos e pessoas não ficariam até 60 horas sem abastecimento”, considerou o procurador do Município, Rodolfo Agostini.
A partir da notificação, ainda na noite de segunda-feira, dia 3, e já na madrugada seguinte, as equipes iniciaram os reparos na rede, e em alguns pontos a energia elétrica estava sendo estabelecida. As áreas mais afetadas foram as linhas São Luís e São João, onde pelo menos 55 famílias ficaram sem energia elétrica.
Conforme a assessoria de imprensa da RGE, a falta de luz deu-se, principalmente, pela queda de galhos e árvores sobre os fios e outros equipamentos. Durante o temporal, 1.006 clientes ficaram sem energia elétrica. Desse total, 983 foram devido a ocorrências oriundas de situações que fogem ao controle da distribuidora, como o vento e a vegetação.
A nota cita ainda, que, com a mobilização da empresa e trabalho das equipes, 60% dos clientes tiveram o fornecimento restabelecido em até 4 horas e 91% no período de até 12 horas. No decorrer de 2021 a RGE, em parceria com os municípios da região, realizou diversas ações conjuntas de manejo de vegetação.
Ação anterior
Em junho do ano passado, a Administração Municipal já havia ingressado com uma ação civil pública contra a concessionária. Na ocasião, moradores de diferentes localidades chegaram a ficar cinco dias sem abastecimento de energia elétrica.
O Judiciário deferiu uma liminar, obrigando a RGE a restabelecer a energia, sob pena de uma multa diária de R$ 15 mil. “Isso só comprova que não são fatos isolados. Na época, enviamos notificação para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para que fiscalize o serviço da concessionária.”
A partir da notificação, a RGE trocou postes e tomou providências. “Mas, precisamos avançar. Percebemos que a dificuldade da empresa é fazer os reparos necessários. Trocou postes de madeira, mais antigos, mas é preciso que a empresa faça o que tem de ser feito, para que os munícipes, em nenhuma hipótese, fiquem desassistidos”
Sobre o episódio de junho, Agostini acredita que ainda no começo de 2022, o Judiciário dará prosseguimento ao processo de junho de 2021.