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ESTRELA

Governo realoca famílias em situação de vulnerabilidade

Após uma década com residência nas dependências do antigo Cemai Oriental, Assistência Social constatou que prédio oferecia risco aos moradores

Após desocupação, prédio do Cemai Oriental foi destruído (Foto: Divulgação)

Em uma iniciativa de melhorar a condição da população que vive em locais insalubres, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação realocou três famílias que residiam no antigo prédio do Cemai Oriental há mais de dez anos. Os moradores foram reconduzidos às novas casas nessa quarta-feira, 7. Um laudo da Assistência Social da pasta apontou os riscos de residir no local.

De acordo com a secretária Renata Cherini, a estrutura colocava os moradores em situação de extrema vulnerabilidade. “Chovia dentro, havia fios de energia pendurados, situações que geram riscos de vida”, afirma. Segundo ela, após conhecimento da situação, as famílias foram procuradas para organizar as possíveis soluções. “Foram dias de muita conversa, até que eles concordaram em ser realocados”.

Até que as mudanças fossem efetuadas, o diretor de Habitação, Adriano Scheeren, fez reparos na estrutura para que os moradores pudessem ter o mínimo de segurança. “Alguns fios que estavam ao alcance de crianças foram cortados”, destaca. Após, o Conselho de Habitação foi convocado para avaliar a situação das famílias. Na ocasião, aprovaram benefícios para proceder com a realocação.

A assistente social Leila Origuella foi a responsável por averiguar a situação das famílias. Segundo ela, além dos riscos internos, o prédio também apresentava perigo devido a estrutura afetada pelas cheias. Ela também comenta a necessidade de estar nas localidades e conhecer a estrutura onde as pessoas moram. “Estar in loco, na rua, é a melhor maneira de ter conhecimento da realidade”, conclui. Cerca de oito famílias já haviam morado no local.

A iniciativa foi feita com demais secretarias municipais, como a de Obras que disponibilizou maquinários para demolição do prédio e de Agricultura que ofereceu caminhões para fazer as mudanças.

Moradia nova

A família de Anelise Bianca da Silva Felício é uma das que foram realocadas. Ela relata que, junto do esposo e dos três filhos, permaneceu no antigo prédio por mais de uma década. “A gente morava atrás do campo de futebol e devido a uma enchente, as casas foram interditadas. Nos transferiram para o campo, mas a água também chegou lá”, conta. Após a situação, os moradores do entorno foram reconduzidos ao espaço do Cemai Oriental.

Após 11 anos, a família chegou à casa nova nessa quarta-feira, 7. Anelise destaca que devido às cheias, não sobraram muitos móveis, mas que as equipes das secretarias municipais auxiliaram em todo processo de mudança. “Antes tudo ficava molhado, as crianças viviam doentes. Mas fomos atrás de resolver e a equipe de habitação solucionou em três semanas. Agora estamos bem melhor instalados”, afirma.

As mudanças ocorreram por meio do benefício de Aluguel Social, uma lei municipal que garante recursos para locação de imóveis que sirvam de residência aos indivíduos ou famílias em situação de risco habitacional ou de vulnerabilidade. A interdição do imóvel deve ser reconhecida pela defesa civil. A concessão do benefício passa por avaliação do Conselho de Habitação.

Prédio destruído

Após desocupação das três famílias, a estrutura que serviu de moradia por mais de 10 anos foi demolida. Devido ao risco de cheias na localidade, o imóvel passou por diversas situações de enchentes. Um laudo do setor de engenharia da administração municipal também apontou que o prédio não apresenta mais condições de ser utilizado. A secretária destaca que o desmonte também evita futuras invasões e mais pessoas em situação de risco.

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