Os rumos do saneamento do município deverão ser definidos até agosto. Este é o prazo para traçar o diagnóstico, trazer a população para o debate e apresentar o plano de ação. O atual plano foi criado em 2012, e desde lá não sofreu atualizações. Os desafios são grandes, pois, conforme o Marco do Saneamento, instituído em 2020, os municípios brasileiros têm 12 anos para tratar 90% do esgoto.
O município possui um Plano Municipal de Saneamento Básico, (PMSB), balizado por quatro eixos: abastecimento de água; esgotamento sanitário; drenagem pluvial e manejo de resíduos sólidos. De acordo com Tanara Schmidt, para a revisão, o Município contratou serviço especializado, que atuará junto a um comitê participativo.
A primeira reunião co comitê ocorreu na quinta-feira, dia 17. Os componentes representam cada secretaria municipal, Câmara de Vereadores, Cacis, Emater Corsan e presidentes de bairros. “Hoje, para que o município obtenha recursos, precisa ter o plano atualizado. Nele estarão contidas as ações e custos, tanto do perímetro urbano, quanto rural”, explica Tanara.
O trabalho iniciará com a revisão de todos os poços e reservatórios de água, diagnóstico do esgotamento sanitário, contando com os dados da Corsan e sociedades de água do interior. “Faremos uma varredura em todo o território, para termos a exata noção das condições do saneamento.”
Esgoto a céu aberto no Marmitt
Madalena Duarte, de 52 anos, mora no final da rua Bom Retiro do Sul, no loteamento Marmitt, bairro Moinhos. Há 20 anos morando no local, ela conta que convive com o mau cheiro e a proliferação de insetos. “Estamos sempre nos abanando dentro de casa, pois sempre tem cheiro ruim e muito mosquito”, relata.
A dona de casa e o filho de 23 anos já contraíram dengue, e ela teme pelo neto de três anos e o sobrinho de dois. O córrego para onde Madalena aponta não é o maior. Três metros adiante, corre o esgoto cloacal de diversas casas da vizinhança. A Escola Municipal de Educação Infantil Criança Feliz fica há 50 metros do local.
