Um grupo de moradores do bairro das Indústrias se reuniu em um abaixo-assinado para cobrar a RGE sobre problemas na distribuição de energia elétrica. Os maiores atingidos residem nas ruas João Heberle Sobrinho, Cruzeiro do Sul e Leopoldo Armindo Hauschild, e relatam prejuízos causados pelas constantes oscilações no fornecimento.
O vereador Valderês Oliveira da Rosa (PSD), que também mora na região, auxiliou os reclamantes no acesso ao Ministério Público (MP). O parlamentar sugeriu que fosse feita uma ação civil pública e protocolou um pedido de abertura de processo administrativo cobrando providências da concessionária. A RGE, através da assessoria de comunicação, informou que ainda não foi notificada pelo MP.
Morador do bairro há mais de 40 anos, o industriário Carmo Ludwig participou de forma ativa na coleta de assinaturas junto aos vizinhos. “Esse problema é recorrente e se arrasta por anos sem uma solução”, conta. Ele também menciona que teve perdas devido à situação. “Ano passado, em virtude de quedas constantes, tive prejuízo com a queima do motor da geladeira”, lembra.
O morador usa o termo “descaso” para se referir ao tratamento dado pela RGE e afirma que foram feitas reclamações em vários momentos. No entanto, ele pondera que as dificuldades vêm de épocas onde as distribuidoras eram outras. “Desde a minha infância, a nossa região tinha uma incidência de quedas de energia maior que em relação ao restante do bairro”, recorda.
Na ocorrência mais recente, Ludwig cita que o fornecimento caiu e voltou três vezes em poucos minutos, em duas oportunidades na semana passada. “Isso acontece somente na nossa região e o restante do bairro continua com luz. Não sei se é o transformador que tem algum problema ou alguma coisa na rede.” No local foi instalada rede de alta tensão, o que não solucionou os problemas, conforme o morador.
Energia solar como solução
Ludwig busca alternativas para minimizar os transtornos, e aproveita os incentivos para investir em placas de energia solar. “Quero ter um retorno futuramente, porque a conta de luz geralmente vem mais cara.” A projeção é que a economia mensal passe dos 50%, com uma vida útil para os equipamentos de captação prevista para 25 anos.
Companhia volta a ser alvo de críticas
Entre o fim de 2021 e o início deste ano, a concessionária recebeu diversos questionamentos sobre o serviço na região. Em fevereiro, foi anunciado um investimento de R$ 430 milhões em melhorias até 2026. Estrela recebeu em abril uma nova base de atendimento com seis equipes e 40 funcionários para ampliar a agilidade em situações emergenciais.
