Jornal Nova Geração

SOCIEDADE JUSTA

Mulheres querem caminhar ao lado dos homens no mercado de trabalho

Nesta sexta-feira, 19, é celebrado o Dia do Empreendedorismo Feminino. A data destaca a importância do protagonismo feminino e a busca cada vez maior por cargos de liderança

No país, as mulheres ainda são minoria à frente das empresas. No entanto, em Estrela, este número cresce cada vez mais, segundo dados da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços (Cacis). Martina Brönstrup, 36, é a prova disso. Arquiteta e urbanista, em 2006 se tornou sócia da CBF Urbanizadora e Terraplanagem. A empresa é familiar e o movimento para se tornar proprietária foi natural, diante das funções exercidas e das responsabilidades assumidas.

Aos poucos as mulheres ocupam posições de liderança, mas ainda há muito a se conquistar. Segundo Martina, houve uma mudança no comportamento feminino, de serem mais corajosas e enfrentar as mesmas dificuldades que os homens. “Isso diz muito sobre a nossa postura e não da nossa incapacidade. Eu sempre falo: não quero andar na frente nem atrás, mas ao lado”, ressalta.

Preconceito

Martina acredita que o preconceito em ser mulher e atuar em um cargo de liderança estava dentro dela. Por isso, parou de reclamar e decidiu fazer diferente. Saiu do escritório e colocou “o pé na obra”. Passou a ter mais contato com sócios, equipe de trabalho, técnicos envolvidos e fornecedores. Além disso, investiu em conhecimento técnico, autoconhecimento e inteligência emocional. “Desde então me sinto autoridade no que faço. Todo o processo, não é fácil e exige resiliência, mas é gratificante. Estou muito satisfeita mas nunca conformada, sempre há algo que podemos aprender e isso me move”, afirma.

Cacis Mulher

A Cacis, de um modo geral tem colocado as mulheres em evidência, desde ter uma representação em cargo de presidente, até a composição da diretoria. A Cacis Mulher é um projeto criado dentro da entidade para fortalecer e incentivar as mulheres nas empresas. De acordo com a coordenadora, Aline Magalhães Krabbe, o grupo promove encontros com troca de experiências, proporciona conhecimentos técnicos e de todas as áreas que abrangem o universo do empreendedorismo feminino.

“Além de darmos visibilidade para as nossas empreendedoras, nosso objetivo é fomentar os negócios, por meio da fidelização dos serviços e produtos dentro grupo. Queremos mostrar que as mulheres podem empreender tão bem quanto os homens e serem valorizadas por isso”, destaca.
Sociedade mais justa

Aline ressalta que a sensibilidade, aliada a resiliência e a flexibilidade em se adaptar das mulheres, contribui nas rotinas das empresas. Além disso, o empreendedorismo feminino colabora para a construção de uma sociedade mais justa, pois gera oportunidades de liderança, valorização e independência financeira
“Favorece a diversidade de negócios, destacando perspectivas inovadoras. Apesar dos desafios, muitas mulheres estão tomando a dianteira e fazendo a diferença no mundo, por meio de negócios de impacto social e econômico”, salienta.

Para Martina, as pessoas são diferentes umas das outras e, desta forma, possuem perspectivas e habilidades diferentes. Isso é positivo em um negócio. “O poder definitivo está no espírito, é hora de abandonar a desculpa do preconceito e buscar a nossa felicidade acima de tudo. Temos que nos alinhar com os nossos objetivos e sonhar grande”, frisa.

Compartilhar conteúdo

PUBLICIDADE

Sugestão de pauta

Tem alguma informação que pode virar notícia no Jornal Nova Geração? Envie pra gente.

Leia mais: