Jornal Nova Geração

ESTRELA

Município ainda não zerou o déficit de vagas na Educação Infantil

Cerca de 180 crianças ainda aguardam na fila de espera. Dificuldade maior está no berçário

“Déficit deve ser zerado até início do próximo ano letivo”. A manchete principal do Jornal Nova Geração de 2 de julho de 2021, anunciava a pretensão da Secretaria de Educação de Estrela quanto à fila de espera na Educação Infantil do município. Na época, cerca de 140 crianças aguardavam vagas. Seis meses depois, este número aumentou. Atualmente, são 184. A Administração Municipal segue com investimentos na área, como a construção de uma nova escola, para tentar suprir a demanda.

Conforme a secretária Elisângela Mendes, a fila das turmas do Jardim continua zerada. No maternal, 50 crianças seguem na lista de espera, mas que nos próximos dias já serão designadas para os educandários. O berçário permanece sendo a maior dificuldade do município. “Mesmo com a abertura de 300 vagas, nós continuamos com a lista de espera. A partir de um levantamento feito em janeiro, semanalmente foram recebidas mais de 10 inscrições para berçário”, explica. Segundo ela, todas as vagas disponíveis serão preenchidas. “Temos quase 2 mil vagas de educação infantil. Atendemos todas as faixas etárias de 0 a 6 anos e vamos alocando conforme as necessidades”, afirma.

Projetos

Para a secretária, não será possível zerar a lista de espera do berçário ainda porque há muitas necessidades. No entanto, diversos trabalhos são desenvolvidos para dar conta desta demanda. “A partir do projeto de ampliação de escolas que começamos no ano passado, com construção de novas salas. Além de projetarmos zerar essa fila, queremos ter uma sobra de vagas”, observa.

Uma nova escola será construída a partir do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. O investimento, que custará R$ 3 milhões, poderá atender 188 crianças em turno integral ou mais de 300 em turno único. “Essa escola deve ser instalada no Boa União, que é o bairro que nós temos o maior número de crianças na lista de espera, cerca de 100. A projeção é de que possamos concluir a obra em 2023”, afirma.

“Ela precisa conviver com outras crianças”

A vendedora Franciele Menezes, 22, é mãe da Maria Antonia de 1 ano e 2 meses. Desde que a menina nasceu, aguarda por uma vaga na Educação Infantil. Ela conta que preencheu a ficha de inscrição online e já foi mais de 10 vezes na Secretaria de Educação para buscar uma solução. “Entro em contato e eles sempre falam que, por ser zona rural, não tem outra alternativa a não ser eu esperar. Trabalho e preciso colocar ela na escola”, afirma. Por enquanto, a mãe de Franciele, que é aposentada, cuida da criança. “Ela tá ajudando, mas também tem as coisas dela pra fazer. As demandas de casa e do dia a dia”, observa.

A vendedora ressalta que já passou do tempo da filha ir para a escola e precisa conviver com outras crianças. “Gostaria que eles explicassem a diferença de alguém da zona rural e da urbana. Aqui é um bairro normal também. Existem mais crianças que precisam de creche, além de mães trabalhando”, salienta.

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