Jornal Nova Geração

ESTRELA

Município confirma primeiros casos de dengue e reforça combate

Alto índice de infestação faz com que as ações de prevenção contra a doença sejam ampliadas e governo pede auxílio da população

Coletas foram feitas na área urbana de Estrela durante todo o mês de janeiro e identificaram quase 100 amostras positivas para presença do Aedes aegypti. Crédito: Jhon Willian Tedeschi

A dengue volta a ser motivo de preocupação no município em 2023. Os resultados das amostras feitas nas residências ao longo do mês de janeiro apontam que a infestação pelo mosquito transmissor quase triplicou. Outro aspecto que deixa o governo em alerta é a confirmação de dois casos da doença na cidade.

Estrela teve o primeiro caso confirmado no dia 27 de janeiro e o segundo em 13 de fevereiro, ambos autóctones (contraídos dentro do município). Os pacientes tiveram sintomas leves e foram tratados em casa. Houve a suspeita em três casos de pessoas internadas no Hospital Estrela, dois deles descartados e um ainda aguarda o resultado do exame.

No ano passado, o município teve 485 pessoas contaminadas com a doença e um óbito. “O cenário atual é muito preocupante no município, pois a infestação pelo mosquito está muito alta e temos o vírus circulando”, pontua a coordenadora da vigilância em saúde, Carmen Hentsckhe.

Ela reforça a necessidade do apoio da população. “Temos atuações em duas frentes, no combate aos criadouros de mosquitos e também na proteção das pessoas, com uso de repelentes, mosquiteiros e telas nas janelas.”

Altíssimo risco

O monitoramento pelo Levantamento de Índice Rápido de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) aponta que o Índice de Infestação Predial (IIP) em Estrela chega a 14,4 – a cada 100 residências, 14 estão infestadas pelo inseto. Foram inspecionados 658 imóveis e, das 146 amostras coletadas, 95 foram positivas para a presença do mosquito. Isto coloca a cidade em situação de altíssimo risco para a ocorrência de casos de dengue. Na mesma época do ano passado, para comparação, o índice estava em 6,8.

De acordo com Carmen, esse foi o pior resultado encontrado desde 2016, ano onde o mosquito apareceu pela primeira vez. “Dos 14 bairros, em apenas dois não foram encontradas larvas do mosquito da dengue neste levantamento. Desta forma consideramos que todo município está infestado”, afirma.

Reforço nas visitas

Entre as medidas para minimizar os impactos da presença do Aedes aegypti, o município intensifica as visitas domiciliares para orientação dos moradores. “A maior incidência está nos depósitos para guardar água da chuva, e em segundo lugar, nos pratos de plantas. Precisamos muito que a população tome consciência da gravidade da situação e faça o cuidado do seu domicílio”.

Onde estão os mosquitos?

  • 95 amostras positivas
    • 27 em depósitos para guardar água (caixas d’água, tonel, tanque) – 28,42%
    • 26 em vasos e pratos de plantas – 26,36%
    • 16 em pontos com lixo (potes plásticos, copos, garrafas, latas) – 16,84%
    • 14 em bromélias – 14,73%
    • 7 em piscinas – 7,36%
    • 5 em pneus – 5,26%
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