Uma convocação aos familiares dos sepultados no Cemitério Municipal de Novo Paraíso foi publicada em 16 de junho pelo Executivo. Pessoas com entes queridos enterrados há mais de três anos em gavetas devem entrar em contato com a Secretaria de Saúde. O motivo é a necessidade de exumação devido à lotação dos blocos.
Segundo a diretora do Departamento de Desenvolvimento Social, Tatiana de Oliveira, há um crescimento desordenado de sepultamentos, que vai além da capacidade do cemitério. Portanto, ela ressalta a necessidade de estabelecer um diálogo com as famílias para resolução do problema.
As primeiras gavetas foram construídas em 2009. De acordo com o Código de Posturas de Estrela, a ocupação em caráter perpétuo nos espaços dos cemitérios públicos não está prevista. A lei estabelece que a exumação ou remoção de restos mortais podem ser feitas após 3 anos do funeral. No entanto, não houve a necessidade de exumações em mais de 10 anos.
Embora os familiares assinem um termo de ciência sobre o tempo previsto, o departamento procederá somente com autorização. “As famílias que não quiserem, vamos respeitar neste momento. Mas talvez, no futuro, tenhamos que tirar, não há garantias de que manteremos. Daqui a pouco não teremos onde colocar”, destaca.
O procedimento ocorrerá na próxima semana. Os restos mortais serão colocados em um memorial compartilhado e terá o nome de todos os exumados. A administração tem pretensão de construir mais 48 gavetas até o fim de agosto.
Relembre o caso
Em 22 de dezembro de 2021, mais de 30 gavetas foram exumadas e isso gerou críticas por parte das famílias. Na época, a comunidade alegou que não havia sido informada sobre a situação pela administração municipal.
Na ocasião, a diretora explicou que o procedimento estava dentro da lei e que não conseguiram entrar em contato direto com todos os familiares. De acordo com ela, também foi publicado edital para ciência de todos. “Entendemos que talvez a informação não chegou nessas pessoas, então desta vez, convocamos também nos canais de comunicação”, explica.
