Comentários sobre possíveis atos violentos, aliados ao cenário de preocupação generalizada no país. Conforme o Executivo, são esses os fatores que motivaram uma mudança na estratégia de segurança para o sistema de educação no município. Vigilantes foram posicionados nas escolas nessa quarta-feira, 19, enquanto é preparada a instalação de videomonitoramento nas instituições.
A situação foi sinalizada pelo prefeito Germano Stevens ainda na reunião do G7, no dia 13, ao demonstrar preocupação com a possibilidade de algum acontecimento. A partir disso, ele avançou com a articulação para contratar profissionais.
“Essa decisão foi tomada de forma imediata, tendo em vista os últimos acontecimentos em ambiente escolar e o que vem sendo disseminado nas redes sociais. Embora as informações veiculadas na internet possam ser apenas fake news, não podemos ficar inertes, frente a essa questão. Por isso estamos tomando essas providências, de forma rápida”, disse.
O primeiro passo foi debater o assunto com a comunidade escolar. Na sexta-feira da semana passada, 14, o governo reuniu diretorias das escolas municipais e núcleos dos Círculos de Pais e Mestres (CPM) para apresentar a proposta.
O intuito era decidir, de forma ágil, quais ações de segurança seriam adotadas nas instituições. Em decisão unânime, entre os presentes, houve a definição de contratar, com urgência, vigilantes para atuarem nas seis escolas municipais, mais a escola estadual 25 de Maio.
Autorização dos vereadores
No mesmo dia ocorreu uma sessão extraordinária na câmara de vereadores para autorizar as contratações. O projeto foi aprovado por unanimidade. “Não podemos nos manter alheios a esses acontecimentos. Temos que proteger os alunos”, afirmou o vereador Paulo Roberto dos Santos (PP).
O presidente do legislativo, Jairo Pott (PSDB), acrescentou que era uma medida necessária. “É uma forma muito importante de prevenção, para que os pais possam ficar tranquilos enquanto os filhos estão na escola.”
Conscientização nas escolas
Um projeto chamado Círculo de Construção de Paz foi levado para as escolas como uma atividade complementar às ações preventivas à violência. O momento de integração entre os alunos também oportuniza a eles compartilhar sentimentos e melhorar a convivência.
“Esta é uma proposta educativa que se torna um instrumento eficiente para a prevenção da violência, o aprendizado da convivência e promoção da cultura da paz. Entendemos que, se quisermos instituir uma cultura de paz em nossas escolas, precisamos cada vez mais oportunizar destes espaços”, explica a psicóloga Alice Moraes.
