Jornal Nova Geração

TEUTÔNIA

“Ninguém aqui é funcionário do prefeito”

Vereadora ausente em votação sobre financiamento rebate críticas de aliados e diz não ser a culpada pela derrota do governo

Vereadores foram unânimes para derrubar veto de prefeito em proposta de cisternas na sessão de terça-feira. Crédito: Divulgação

A sessão da câmara dessa terça-feira foi marcada pela manifestação de Neide Schwarz (PDT). A parlamentar havia se ausentado na reunião anterior, quando o projeto de financiamento de R$ 15 milhões para obras de recapeamento asfáltico foi rejeitado. Sem o voto da vereadora, a base governista não alcançou maioria absoluta para aprovar proposta considerada prioritária pelo Executivo.

Cobrada por aliados e integrantes do governo por não ter comparecido à sessão, Neide afirmou que precisou se ausentar por orientação médica devido a uma virose. Sobre acusações de que teria facilitado para a oposição, disse que se posicionou a favor do projeto desde o início da tramitação. “A doença não avisa quando vai chegar. Eu sou humana”, expressou.

De acordo com a pedetista, a derrota da administração precisa ser devidamente compartilhada. Ela argumentou que os demais vereadores favoráveis ao projeto poderiam ter evitado a rejeição. “A culpa não foi minha. Um pedido de vistas de um dos meus colegas poderia ter resolvido”, afirmou.

A vereadora manifestou ainda estar decepcionada com as críticas que recebeu na última semana. Rebateu dizendo que está na câmara pelos votos que recebeu e atua na defesa de suas causas desde 2007. “Ninguém aqui é funcionário do prefeito. Vereador é eleito para trabalhar para o povo”.
Neide recebeu apoio de outros parlamentares, como Diego Tenn Pass (PDT), Evandro Biondo (MDB) e Cleudori Paniz (PSD).

Ainda em debate

Apesar de já rejeitado pela câmara, o projeto de financiamento seguiu como o principal assunto de discussão na tribuna.
De acordo com Tenn Pass, os opositores “jogaram com a regra embaixo do braço” para levar a matéria à votação. “Não foi a ausência da Neide que fez com que o projeto não fosse aprovado, foi o voto contrário de quatro vereadores. É desses que você, lá do interior, que receberia o pavimento, tem que cobrar”, afirmou.

Já Biondo contrapôs críticas de que a oposição estaria querendo prejudicar o governo. Para ele, trata-se de um “momento sensível” a financiamentos. “No futuro um monte de gente não vai mais estar na administração, mas os funcionários, os munícipes que precisam, vão estar sofrendo consequências deste momento”.

Diárias e veto

Entre as matérias votadas na sessão de terça-feira, destaque à autorização para viagens a Brasília por parte dos vereadores Claudiomir de Souza (União Brasil) e Jorge Hagemann (PDT), entre os dias 19 e 22 de junho. Conforme requerimentos de diárias, o objetivo é apresentar demandas e solicitar recursos oriundos de emendas parlamentares para o município.

Os vereadores também foram unânimes para retirar o veto do prefeito Celso Forneck ao projeto do líder da bancada do próprio partido, Vitor Krabbe (PDT), que havia sido aprovado pela câmara em abril. A proposta autoriza a criação do Programa de Captação e Recursos de Águas Pluviais através de sistema de cisternas em Teutônia.

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