Jornal Nova Geração

BOM RETIRO DO SUL

Novas ações de enfrentamento às enchentes incluem réguas físicas

Revisão das cotas de inundação e instalação de dispositivos de monitoramento estão entre as ações. Administração aguarda aval da Caixa Federal para a construção de 15 residências pelo programa habitacional voltado à calamidade

Um dos principais pontos turísticos da cidade, a Barragem Eclusa ficou quase toda submersa pelas águas do Taquari (Foto: Fernando Dias/Divulgação)

O município reorganiza estratégias para a retomada após a segunda enchente em pouco mais de dois meses. Com um cenário semelhante à cheia de setembro, o poder público avalia os impactos e as medidas de contingência, sobretudo para outros eventos. Entre as situações encaminhadas, a construção de um conjunto de residências vinculadas ao programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) Calamidade.

Se na enchente anterior, a administração listou 691 pessoas afetadas, desta vez a estimativa da população atingida fica em cerca de 650 moradores. A maior parcela na área rural, sobretudo na localidade da Beira do Rio – 133 famílias. Na zona urbana, foram 55 famílias impactadas pela cheia, dez delas proprietárias de comércios.

A prioridade foi a limpeza, a partir do levantamento de necessidades. As pessoas desalojadas ficaram em residências de amigos ou familiares, uma vez que o município não possui abrigo. No entanto, todos os atingidos conseguiram retornar para casa. A maior parte, com todos os pertences. “Soubemos tomar a decisão certa, de uma forma mais rápida”, diz o secretário de Administração e Planejamento, Carlos Henrique Dullius.

Algumas ações estão previstas para o pós-enchente. Instalação de réguas nas ruas próximas ao rio e a revisão das cotas de inundação para impedir novas construções em áreas alagáveis estão entre elas. “Além de resiliência, precisamos de um plano de contingência próprio”, destaca o gestor. O nível mais alto do Rio Taquari na medição do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) foi às 13h15min do domingo, 19, com 20,02 metros.

Novas casas

Parte dos moradores ribeirinhos será recolocada em um loteamento pelo MCMV Calamidade. O projeto está na 3ª fase de aprovação para construir 15 residências, com valor máximo de R$ 130 mil cada, entre a Vila Brasília e o Centro Cidade Baixa. O local foi definido nessa semana, na rua Mathias Vicente Diedrich, em área não alagável.

A previsão é que até o fim de dezembro a Caixa Econômica Federal conclua o processo para que o município possa licitar a construção. “Vamos manter esses moradores próximos ao local de origem. Muitos deles são pescadores e dependem de viver perto do rio”, pontua Dullius.

Impactos na educação

Duas escolas tiveram aulas suspensas: Genny de Souza da Silva, no bairro Goiabeira, e Anita Ferreira de Moraes, na localidade do Faxinal. O município mantém os planos de viabilizar um novo endereço para a instituição do Goiabeira, fora das áreas vulneráveis.

Curso na cidade

A Associação Gaúcha de Resgate, Salvamento e Combate a Incêndio (Asgresci) promove, entre os dias 27 e 29 de novembro, um curso de busca e salvamento em cheias urbanas. A formação ocorre em Bom Retiro do Sul e é ministrada pelo instrutor português Francisco Rocha, diretor da Escola Portuguesa de Salvamento.

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