“Cine-teatro Guarani, esse nome tão indigena para Estrela. Ah, as tardes de domingo, depois da massa com galinha… o cinema era um templo que se abria, com a sua promessa da mágica das fitas dos seriados, do primeiro longa metragem em desenho animado que vi, A branca de neve e os sete anões, mas principalmente das fitas de faroeste.
Hoje me apercebi do surrealismo, eu uma criança luso-brasileira, numa cidade alemã, vendo filmes americanos. E o pior, entendendo! Aquela ampla sala, com suas poltronas de madeira, tinha um aroma de mistério; talvez fosse apenas o fato de não ser ventilada, mas para mim era o melhor perfume da vida.
O Guarani de Carlos Gomes, a senha para fantasia; a sala aos poucos ficava às escuras, fazia-se silêncio, e tinha início a aventura. Toda aquela assistência de crianças logo infernizava a sala com palmas, silvos, gritos de ai, mocinho; saíamos de lá com os olhos premidos à claridade da rua, trocando tiros imaginários com os bandidos, imitando os bangue-bangue que acabáramos de ver, e isso era suficiente para preencher nossa minúscula vida.”
Trecho do discurso do escritor Luiz Antonio de Assis Brasil, em 26 de setembro de 1997, oportunidade em que recebeu o Título de Cidadão Estrelense, lembrando de sua infância em nosso município.
“Estrela Chegou tua vez” Slogan de 1973
Em julho de 1973, “Estrela, Chegou tua vez”, foi o slogan escolhido pelo município através de concurso promovido pela Prefeitura, para estudantes das escolas municipais, estaduais e particulares. Foram colhidas cerca de mil sugestões.
A comissão julgadora estava integrada pela delegada de Ensino, Ruth Markus Huber; jornalistas: Waldir Sudbrack e Adonis Fauth; e secretário da Administração, Renato Tavarez Paz.
A aluna Liana Lautert do Colégio Martin Luther se classificou em 3º lugar: “Estrela cinco pontas convergindo para o progresso”. O estudante Paulo Dahmer do Colégio Agrícola de Teutônia ficou na 2ª colocação: “Estrela, da rota do imigrante, à terra do progresso”. Nirce Peter da Escola Dom Pedro I da Linha Clara, venceu o concurso com o slogan: “Estrela, chegou tua vez”.
Médico Homeopata Henrique Beckmann
O farmacêutico e médico homeopata Henrique Beckmann, nasceu em Estrela em 24 de março de 1887.
Foi Conselheiro Municipal eleito em 1916 para mandato até 1920. Pelo ato número 20, de 10 de fevereiro de 1919, foi nomeado subintendente do distrito de Pinheiro Machado, hoje Languiru. Em 31 de julho de 1922 pediu exoneração.
Possuía uma farmácia em Arroio da Seca, onde também atuava como médico homeopata. Estava registrado no Posto de Higiene de Estrela e autorizado a prescrever o medicamento “Dolantina” do laboratório Hoescht da Alemanha.
A Ponte Metálica do Arroio Boa Vista
Foi realizada a remoção da ponte de ferro entre o Bairro Boa União e a Linha São José, em Estrela, para a construção de uma nova estrutura. Com previsão de conclusão até março de 2024, a obra da nova ponte teve sua ordem de serviço assinada em 1º de julho de 2023.
A antiga ponte de ferro foi construída pelo DAER em 1949. A ponte ali existente havia sido levada pela grande enchente de 1941. Oito anos haviam se passado.
No domingo, 13 de novembro de 1949, Estrela teve a honrosa visita do Exmo. o Dr. Walter Jobim, Governador do Estado, que acompanhado do prefeito Oscar Leopoldo Kasper e grande massa popular, às 10 horas, inaugurou a ponte metálica do Arroio Boa Vista.
Para comemorar o acontecimento, ao meio dia, no campo de esportes da Sociedade Ginástica, foi servido um suculento churrasco, regado a chopp e refrigerante Polar. Em ambiente de enorme entusiasmo e muita alegria, fizeram-se ouvir diversos oradores, tudo transmitido ao vivo pela antiga Rádio Alto Taquari – ZYN9.
Médico José Abreu Conceição
O Dr. José Abreu Conceição nasceu em Santos – São Paulo, em 28 de março de 1908. Formado em 1934 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Foi médico, clínico geral e cirurgião em Roca Sales com passagem por Corvo (Colinas).
Foi responsável pela construção do prédio do Posto de Higiene de Estrela inaugurado em 1943. No local atualmente funciona o CAPS, na Rua 13 de Maio, centro do município.
Transferiu-se para o Rio de Janeiro em 1952. Conforme o livro “À Sombra dos Plátanos” em 1960, o médico seguiu com o presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira na fundação de Brasília para trabalhar na área da saúde.
