Jornal Nova Geração

OPINIÃO

O laço que nos une!

"Escrever sobre a mãe é como falar sobre uma unanimidade, mesmo que nem todas mães sejam perfeitas”

Nascemos diferentes, diferentes fisicamente, diferente social e culturalmente, diferentes de posicionamentos, opiniões, ideologias, cores, times, visão política e tantas outras coisas.

Somos seletos, severos nas escolhas e, não raramente, criamos ranço, seja por posicionamentos, opiniões, posturas contrárias a nossa, ou até gratuitamente: não simpatizei e pronto!

Com o advento da internet, a explosão das redes sociais e aplicativos, a coisa só piorou, e piorou muito.

Não nos faltam argumentos para justificarem a antipatia. Criamos nossa bolha, um círculo de pessoas “confiáveis”, nossa tribo, que, inviavelmente comunga dos mesmos gostos e opiniões, que “falam nossa língua”.

Neste entrevero de emoções e opiniões, há um laço comum, que nos une como ser: a dor da perda da mãe!

Este é um elo que conecta qualquer pessoa, independente de empatia. Posso não gostar de ti, mas me compadeço por esta dor, a dor de perder a mãe.

Escrever sobre a mãe é como falar sobre uma unanimidade, mesmo que nem todas mães sejam perfeitas.

O ator Denzel Washington resumiu magnificamente a tradução do amor de mãe. “A mãe é o primeiro verdadeiro amor de um filho. Um filho é último verdadeiro amor de uma mãe”, diz ele.

Em janeiro de 2022, perdi meu primeiro verdadeiro amor, minha mãe Elsa partiu! E deixou um vazio impossível de preencher.

Minha mãe talvez tenha sido uma mãe comum, como tantas outras mães no mundo, que amou e protegeu os filhos.

Dona Elsa foi uma mulher forte, firme, nasceu na dureza do campo, trabalhou em fazenda, cresceu num mundo sem muitas oportunidades, mas foi exemplo de perseverança e fé, criou filhos, cuidou do marido e, de quebra, ajudou na criação dos netos, ahhh e foi ama de leite para muitos – “no passado era comum mulheres lactantes doarem leite materno, para outras mães amamentarem seus filhos.”

Abriu mão de muitas coisas na vida, mas não arredou pé de fazer seus filhos terem estudo, independente das dificuldades. Acima de tudo, ensinou valores humanos. Conhecia gente como poucos, sua frase favorita: Conheço os bois que eu lavro! Dona de um talento culinário invejável e, muito provavelmente fazia o melhor arroz doce do mundo (quem provou sabe do que me refiro).

Quando a gente perde a mãe, morre junto uma parte de nós, parte da nossa história e memórias, a testemunha da nossa existência sai de cena! O ciclo da vida tem este capítulo doloroso, que tememos, o espectro da morte, a perda de quem amamos.

Sabemos, desde o dia que nascemos que, se não acontecer nada diferente, nenhum capricho do destino, nossa mãe vai embora.

As mães ensinam tantas coisas para a gente, menos a lição de como vivermos sem elas, por que elas são insubstituíveis.

Mas a vida precisa continuar! Obrigado, mãe!

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