Jornal Nova Geração

OPINIÃO E BASTIDORES

O primeiro ano da E-Log

Com erros e acertos, e entre críticas e elogios, a breve trajetória já apresenta diversas conquistas e projeções otimistas

A direção da Empresa Pública de Logística Estrela (E-Log) completa, nesta sexta-feira, dia 14, um ano à frente da entidade. Com erros e acertos, e entre críticas e elogios, a breve trajetória já apresenta diversas conquistas e projeções otimistas. Além do avanço nas cessões de uso de algumas áreas portuárias, que restavam absolutamente ociosas, e da atualização do mapa topográfico do porto, o grupo se destacou com a realização de congresso ligado à logística e as diversas agendas com autoridades para tratar de melhorias e investimentos, também, no aeródromo e na malha ferroviária.

Ao mesmo tempo, a diretoria e o Conselho de Administração da E-Log atuam de forma inovadora para viabilizar empreendimentos conceituais nas áreas da gastronomia e do lazer, tudo às margens do Rio Taquari. Sobre isso, o espaço portuário recebeu recentemente a visita de dois importantes arquitetos ligados ao escritório de Jaime Lerner, o principal profissional responsável pela remodelação de parte da orla do Guaíba, em Porto Alegre. Ou seja, a E-Log trabalha em diversas frentes. E tudo com um mesmo objetivo: devolver vida ao “gigante adormecido”.

E não faltam boas novas para o futuro. Entre as principais novidades, a projeção otimista de enfim conquistar o complexo portuário de forma “vitalícia” ainda este ano. Eu explico. A “municipalização” do porto de Estrela só perdura até 2041, pois o espaço foi concedido ao governo municipal por apenas 20 anos. E isso gera insegurança nos investidores. A promessa é finalizar esse tramite até junho. Outra novidade é a possibilidade do porto receber uma unidade física do Setcergs, além do segundo Congresso de Logística. Enfim. Ainda é pouco para as dimensões do complexo portuário, claro. Mas não dá para corrigir décadas de ociosidade em apenas 12 meses.


Mal-estar e “economia” em Estrela

A decisão inesperada do governo de Estrela de suspender o pagamento de diárias para secretários municipais e cargos comissionados gerou muito mal-estar entre os servidores. Nos ambientes da prefeitura municipal, diversas teorias para compreender o canetaço do prefeito Elmar Schneider (MDB), que contou com a assessoria direta do novo Secretário da Fazenda, Felipe Diehl (PL). Após o anúncio, muitos servidores invadiram o Portal da Transparência para verificar quem gastou mais, e quem gastou menos. Uma ação que poderia ter sido evitada se o Executivo estivesse mais embasado para defender a austeridade. E os números atestam essa conclusão.

Eu explico. Entre os secretários municipais, por exemplo, quem mais gastou com diárias em 2023 foi a Secretária de Educação, Elisângela Mendes, que já acumula R$ 6,9 mil neste ano, recurso gasto em viagens a serviço em Brasília e Santa Catarina, principalmente, onde ela representou o município em diferentes eventos e reuniões. Carine Schwingel, Secretária de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade, gastou R$ 3 mil este ano. E ela também viajou para a capital federal faz poucos dias para prospectar bons projetos para os estrelenses. Ou seja, são gastos perfeitamente justificáveis. Os demais secretários não viajaram para fora do Estado e, por consequência, acumulam números bem inferiores.

A decisão de expôr os secretários e comissionados, por ora, não se justifica. Neste ano, por exemplo, o poder público estrelense já pagou R$ 76 mil em diárias para todo o quadro de servidores. Para os cargos comissionados, os únicos impactados com a instigante decisão do governo, o valor não chega a R$ 20 mil. Um montante irrisório para um orçamento de R$ 166,5 milhões em 2023. Em 2022, a incongruência é a mesma. Dos R$ 259,1 mil gastos pelo Executivo em diárias com todo o quadro de funcionários no ano passado, só R$ 49,4 foram para os Ccs e secretários. Diante do quadro, e se o objetivo era mesmo a economia, o canetaço parece ter sido um tiro no pé. E agora será preciso restabelecer a harmonia.


PP e PT juntos em Colinas

O governo de Colinas apresenta uma situação curiosa para a política regional. A Secretária de Saúde de Colinas, Angelita Hermann, irmã do prefeito da cidade, Sandro Hermann (PP), reativou o Partido dos Trabalhadores (PT) no município. A comissão provisória já foi montada e a homologação deve ocorrer em breve. Diante do fato, é impossível não resgatar a origem dessas duas importantes siglas. Na origem, o PP é ligado à antiga Arena. E o PT nasceu para “combater” a ideologia da Arena. Ou seja, e para o bem ou para o mal, o simpático município conseguiu unir dois partidos antagônicos. Algo impensável em décadas anteriores.


CURTAS DA SEMANA

  • Em Teutônia, o vereador Luias (Cidadania) solicita ao Executivo “a relação com nome e quantidade dos cargos concursados que trabalham como Operário especializado em pedreiro”.
  • Também em Teutônia, a suplente de vereadora Neide Schwarz (PDT) solicitou autorização do plenário para realizar viagem a Brasília, com pagamento de diárias, entre os dias 24 e 27 de abril. Segundo ela, a viagem servirá “para apresentar demandas e solicitar recursos oriundos de emendas parlamentares”.
  • Vereador em Estrela, João Braun (PP) indica ao Executivo um pedido para “instalação do Botão do pânico em todas as escolas e creches do município”. A medida, claro, visa mitigar o medo instaurado no ambiente escolar nos últimas dias.
  • Sobre o medo nas escolas, vale lembrar que o poder público de Estrela tem investido muito nos últimos anos para garantir segurança aos alunos. Inclusive, com uso da tecnologia para aumentar a vigilância e proteção de toda a comunidade escolar.
  • Vice-presidente do Setcergs, o empresário lajeadense Diego Tomasi é cotado para assumir a presidência da entidade. Ele não confirma. E deixa claro que o único foco do momento é trabalhar pela gestão de dois anos do atual presidente, Sérgio Gabardo. Em tempo, ele é um dos proprietários da Tomasi Logística, com unidade em Estrela.
  • Em Fazenda Vilanova, a impressão é que as investigações policiais que envolvem um ex-servidor não foram bem explicadas para os pagadores de impostos. E isso é muito ruim.
  • Também em Fazenda Vilanova, a violência e o uso de drogas em ambiente escolar pautou a última sessão da câmara de vereadores. Um assunto que, diga-se de passagem, nunca deveria sair de pauta.
  • Em tempo, o governo de Bom Retiro do Sul também anuncia medidas de segurança junto aos educandários. E, entre as novidades previstas para todas as escolas, destaque à implantação de câmeras de videomonitoramento, botão de pânico e placas de sinalização com números de emergência.
  • Por fim, uma pergunta aos milhares de associados da Languiru: alguém sabe em que pé estão as negociações com os investidores chineses?
Compartilhar conteúdo

PUBLICIDADE

Sugestão de pauta

Tem alguma informação que pode virar notícia no Jornal Nova Geração? Envie pra gente.

Leia mais: