Às 17h de terça-feira, 19, Francieli Petry, 37, foi comunicada pelo WhatsApp, das férias nas Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis). A filha Emily, de 5 anos, está matriculada na Casa da Criança, no bairro Cristo Rei. Assim como outros pais, a assistente administrativa alega falta de comunicação por parte da Secretaria de Educação quanto ao aviso prévio do recesso escolar. As aulas devem retornar em 1º de agosto.
Conforme Francieli, ao questionar a coordenação da escola, foi lhe dito que a decisão de estender as férias para todos os profissionais da área ocorreu em reunião na terça. “Acredito que os professores também foram pegos de surpresa. Falta de consideração. Não é simplesmente chegar na empresa e dizer que na próxima semana não posso ir. Precisamos nos organizar e nossos chefes também”, afirma.
Para ela, é necessário avisar sobre as férias, no mínimo, com 30 dias de antecedência. “Quem vai cuidar da minha filha é a minha vó, de 80 anos, que vair sair de Lajeado para me ajudar. A impressão é de que estão brincando de administrar. Os monitores e professores cuidam com muito carinho e se dedicam pelas nossas crianças, mas da meneira na qual fomos avisados é inaceitável. Cadê o planejamento?”, questiona.
Falta de respeito
A atendente Kássia Fernandes, 21, é mãe do Erick Brion, de 1 ano. Desde março, ele está matriculado na Emei Casa da Criança. Moradora do bairro Auxiliadora, conta que na primeira reunião de pais, foi repassado o calendário escolar, mas não constava as férias dos profissionais nesta semana.
“Foi avisado no grupo de WhatsApp na terça, que a partir de quinta não teria atendimento. Vou ter que pagar alguém para cuidar do meu filho. É falta de respeito com a gente e, principalmente, com as crianças. Tem pais que não tem onde deixar, não tem condições de pagar e nem familiar disponível para cuidar”, afirma.
Recesso escolar é necessário
Segundo a secretária de Educação, Elisangela Mendes, a rede municipal se destaca há muitos anos pelo atendimento de qualidade nos mais diversos aspectos, dentre eles: pedagógicos, estruturais, recursos humanos, educação inclusiva, entre outros. Segundo ela, o recesso escolar é necessário a fim de proporcionar capacitação e aperfeiçoamento dos profissionais para o atendimento das crianças e adolescentes.
“Adotamos o recesso para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, pois entendemos que a unificação deste período para todos possibilita o fortalecimento do convívio e manutenção dos vínculos e laços familiares”, frisa.
Ao ser questionada pela reportagem sobre a falta de aviso prévio, a secretária não se manifestou até o fechamento desta edição.
