Jornal Nova Geração

ESTRELA

Pesquisa revela alto risco de infestação do mosquito da dengue

Segundo levantamento da ocorrência do Aedes aegypti feito em 2023 aponta que o município segue com números muito acima da média. Estratégias de conscientização partem para as escolas, para sensibilizar população a partir das crianças

Ação de combate aos focos do mosquito da dengue seguem com o trabalho dos agentes de endemias. Crédito: Arquivo NG

A incidência do Aedes aegypti e a crescente nos casos de dengue mantém os gestores em alerta no município. O número de confirmações da doença já é quase o dobro do total no ano passado, com um óbito. A presença do inseto segue com índice de alto risco, conforme resultado de pesquisa feita no mês de maio. Enquanto o combate segue com a fiscalização das residências nas localidades com mais registros da doença, estratégias educativas são desenhadas para conscientizar moradores.

O Levantamento de Índice Rápido de Infestação pelo Aedes aegypti foi feito pela segunda vez no ano em Estrela e teve resultados divulgados em junho. Se em janeiro, o indicador foi de 14,4% dos imóveis com focos do mosquito, os dados de maio revelam que 12,1% dos locais visitados têm a presença do inseto em forma de larva. Em outubro do ano passado, o percentual foi de 5%. De acordo com o Ministério da Saúde, a partir de 4%, existe um alto risco de epidemia, com a ressalva que a dengue é apenas uma das doenças transmitidas pelo vetor, além do Zika e do Chikungunya.

Em relação ao número de casos, o município segue entre os 10 primeiros no indesejado ranking gaúcho. Na contabilidade da Secretaria Municipal da Saúde, são 882 confirmações de dengue em 2023 – 81,1% a mais que os 487 do ano passado. De 24 de maio até 21 de junho, foram 165 contaminações a mais, alta de 23% no período.

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) confirma 847 casos, diferença listada nas amostras enviadas a Porto Alegre, sem a devida análise. A coordenadora da vigilância epidemiológica, Carmen Hentschke, menciona que foram poucas internações entre os doentes. “Na semana passada foram duas”, diz.

Por outro lado, o fato de ter um índice de ocorrência do mosquito em um nível mais preocupante é algo que motiva uma abordagem diferente à população. “Estamos indo às escolas para tentar sensibilizar as famílias através das crianças”, pontua Carmen. Ela realça que a medida mais eficaz para minimizar o problema é a eliminação dos criadouros. “Não tem ação externa ou mágica que vai resolver o problema, mas sim o empenho de todos, com cada família cuidando do seu pátio.”

Dengue na região

Pelos dados do estado, outros quatro municípios estão entre os 20 com maior número de casos neste ano. Encantado é a terceira cidade do RS com mais confirmações da doença, com 1.838. Lajeado é o 16º, com 269, enquanto Roca Sales e Muçum aparecem em 19º e 20º, com 241 e 240 casos, respectivamente. No Rio Grande do Sul, são 22.936 casos positivos e 47 óbitos desde o início do ano.

Sobre o LIRAa: 

O levantamento em maio visitou 655 imóveis e coletou 101 amostras. Destas, 79 foram positivas, o que revela o indicador de 12,1% no Índice de Infestação Predial (IIP). Os locais com a maior ocorrência de focos são vasos e pratos de plantas (40,5%), lixos (31,6%) e depósitos para guardar água, como caixas d’água e tanques (20,3%).

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