Dia 12 de outubro é celebrado Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, Dia do Engenheiro Agrônomo e Dia das Crianças. Para esta, a busca por presentes, como brinquedos, roupinhas, um novo tênis, videogame, jogos de tabuleiro, bola, boneca já começou. Algumas vezes, pensamos e, quem sabe, um cachorro, ou um gato, ou quem sabe um coelho? Mas será que um ser vivo seria um presente ideal para uma criança?
Vamos analisar do ponto de vista dos animais, certo? Quando trazemos para nosso lar um ser de outra espécie que não a nossa, nós nos tornamos responsáveis pelo seu bem-estar, como saúde, alimentação, segurança e cuidados essenciais, como limpeza de seu ambiente. Ao adotarmos um cão como parte de nossa família, devemos ter consciência de que ele precisará passear todos os dias, mesmo tendo pátio na casa, de que ele deverá ser ensinado, assim como um gato, que precisará de telas nas janelas, o chamado “gatificação” pela casa, exames Fiv e FeLV, e com coelhos, o espaço verde destinado a eles, bem como local ao sol, etc.
Você, caro leitor, acredita que uma criança sozinha seja capaz de lidar com todos esses cuidados e ainda acrescentarmos as idas ao médico veterinário, alimentação balanceada sem exageros, cuidados extras com o bem-estar, com a saúde física e mental destes seres que, muitas vezes, chegam ainda filhotes em nossas casas? Acredito que você está pensando o mesmo que eu, que estes seres de outras espécies precisam de um adulto para lhes ajudarem, bem como ensinar a criança como proceder, correto?
Mas então vem a pergunta: o presente do Dia das Crianças é para a criança ou para o adulto? Ao respondermos esta questão, infelizmente notamos que os animais são os que mais sofrem, pois não houve um preparo familiar para recebê-los. O importante é ensinar e se, para isso devemos dar tempo ao tempo e não presentear crianças com animais, seja Dia das Crianças, Natal ou Aniversário, é o que devemos fazer. Para recebermos um ser precisamos nos preparar, precisamos querer e ter plena consciência de que estamos prontos para sermos responsáveis por outra vida senciente, ou seja, uma vida que terá sentimentos com capacidade de percepções conscientes.
E por que devemos ter tanto cuidado ao dizermos “sim” para esta escolha de presente? Porque, meu querido leitor, na primeira lambida no rosto, no primeiro arranhão, no primeiro banheirinho sujo, ou até mesmo na primeira consulta ao médico veterinário, o pet poderá se tornar descartável, sendo dado para adoção ou ainda jogado fora. E é isso que tu esperas ensinar a uma criança? Que a vida não tem valor? Pois, se a vida não tem valor, ela não precisaria ser cuidada, amada; ela poderia ser tratada como lixo. Mas espera! E tu? Gostaria de ser descartado no futuro? Por isso, eu dedico este dia ao ensinamento de que todas as vidas importam, sejam elas as de dois pés, duas ou quatro patas, de penas, das vidas que voam, das que galopam, das que nos fornecem alimentos. Eu, como engenheira agrônoma, dedico este dia, em especial, ao cuidar e amar todas as formas de vida na Terra.
Em tempo, a palavra pet é datada de 1530, na Escócia, e usada como sinônimo de animal preferido; e “PET” é a sigla para polietileno tereftalato, um polímero termoplástico; ou seja, o PET é descartável, o pet não.
Provedora de bem-estar animal da Seu Cão & Miau Feliz, Hélen Saralegui (Instagram @seucaoemiaufeliz.hs)
