Jornal Nova Geração

LEVANTAMENTO

Preço da gasolina no Vale varia até 27% após redução

Queda no custo do combustível começa a refletir na região depois da mudança na política de preços da Petrobras. Porém, cenário para os próximos meses é de incerto, avalia especialista

Em Lajeado, é possível encontrar gasolina a R$ 4,99. Crédito: Arquivo/ A Hora

O reflexo do anúncio da redução no preço dos combustíveis começa, aos poucos, a ser sentido na região. Em alguns postos do Vale, a queda foi de até R$ 0,40 no litro da gasolina na comparação com os valores praticados semana passada.

A redução no preço dos combustíveis é fruto do fim da política de paridade de importação (PPI), anunciada pela Petrobras no começo da semana. Essa metodologia guiava os preços desde 2016, orientado pelas flutuações do barril de petróleo no mercado internacional e a cotação do dólar. Agora, será levado em conta o custo alternativo do cliente e o valor marginal para a estatal.

Conforme levantamento a partir de dados do aplicativo Meu Preço, da Receita Estadual, o valor médio do litro da gasolina no Vale estava em R$ 5,29 no começo da tarde de ontem, com uma variação de 27%. Dos 100 postos de combustíveis pesquisados, o menor preço estava em um estabelecimento de Arroio do Meio, a R$ 4,69.

Em outra unidade, em Estrela, houve redução de 7,5% no custo do combustível ao consumidor final em uma semana. Já em Lajeado, era possível encontrar gasolina a R$ 4,99 na tarde de ontem, segundo a pesquisa feita pelo sistema.

Por outro lado, a gasolina mais cara na região, conforme o levantamento, está em Canudos do Vale. Ontem à tarde, custava R$ 5,95 o litro. Logo atrás, aparecem quatro postos de Venâncio Aires, onde o combustível é comercializado a R$ 5,89.

Menos informações

Para o economista Eloni José Salvi, a mudança da política da Petrobras deixa o mercado com menos informações sobre os parâmetros adotados, pois o preço do petróleo e a cotação do dólar são informações públicas. Contudo, os parâmetros adotados a partir de agora são de domínio interno da estatal.

“A Petrobras, como qualquer empresa, sempre priorizará seus resultados para que sejam vantajosos e viabilizem os investimentos. Todos nós queremos pagar menos pelo combustível, e sempre estaremos reclamando do preço, pois comparado com a nossa renda, pagamos um preço muito mais alto do que na maioria dos países economicamente semelhante a nós”, frisa.

Salvi entende que, pela definição da nova política de preços, continuará a variação conforme os custos que a Petrobras tiver na exploração e importação do petróleo. “Mas talvez com menos variabilidade. E esperamos que com preços mais em conta”, salienta.

Quanto ao preço final, lembra que sempre demora mais para baixar. “Simplesmente porque as redes abastecedoras, na subida, se previnem do custo mais alto e, na descida, possuem estoques a custo mais elevado”.

Compartilhar conteúdo

PUBLICIDADE

Sugestão de pauta

Tem alguma informação que pode virar notícia no Jornal Nova Geração? Envie pra gente.

Leia mais: