Jornal Nova Geração

ENTREVISTA

Prejuízo de R$ 400 bi alerta empresas à síndrome de burnout

“Precisamos chegar a dados financeiros para que o assunto ganhe dimensão”, lamenta o médico psiquiatra Olivan Moraes

Médico psiquiatra Olivan Moraes (Foto: Arquivo / A Hora)

Uma pesquisa desenvolvida pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) mostrou que a falta de saúde mental entre os colaboradores provoca uma perda no faturamento das empresas de R$ 397,2 bilhões por ano, mais de 5% do PIB nacional.

“Precisamos chegar a dados financeiros para que o assunto ganhe dimensão”, lamenta o médico psiquiatra Olivan Moraes. Em entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, desta terça-feira, 6, ele detalha as principais causas da doença. A síndrome gera exaustão, despersonalização e redução da realização profissional. Quando não tratada, pode desencadear quadros de depressão aguda.

Segundo Moraes, a maioria dos pacientes começam o tratamento já em estágio mais avançado. Relatam questões externas do ambiente de trabalho, como a cobrança do empregador. Mas muitas vezes deixam de avaliar as questões internas do próprio indivíduo, como a autocobrança, o perfeccionismo e a competitividade dentro do ambiente de trabalho. Essas questões fazem com que haja dificuldade na realização de diagnóstico.

Como forma de prevenção, as empresas devem avaliar o nível de estresse no âmbito de trabalho. Para isso, muitos locais já começaram a implementar os ‘diretores da felicidade’, profissionais focados em manter o bem-estar dos trabalhadores, de forma a manter o ambiente saudável, tanto para os empregadores quanto para os empregados. Moraes acredita que ainda não há o devido olhar à síndrome: são poucas as empresas as quais trabalham a saúde mental de seus funcionários.

Assista a entrevista na íntegra

Compartilhar conteúdo

PUBLICIDADE

Sugestão de pauta

Tem alguma informação que pode virar notícia no Jornal Nova Geração? Envie pra gente.

Leia mais: