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INOVAÇÃO

Projeto de Estrela voltado ao meio ambiente busca recursos na ONU

Selecionada entre dez municípios em programa de instituto global, proposta estrelense visa identificar danos causados por enchentes e criar mecanismos para amenizá-los. Próxima etapa é angariar parceiros para financiar a execução

Mauro e Paula (à esquerda) apresentaram o Verde Urbano em encontro presencial do Acelerador de Soluções Baseadas na Natureza, em São Paulo (Foto: Victor Kobayashi/Yantra Imagens/WRI Brasil)

Com o objetivo de conhecer impactos ambientais que ocorrem no município e criar alternativas para minimizar danos, uma equipe vinculada ao setor de Meio Ambiente trabalha em um projeto que ultrapassou os limites da cidade. Chamado Verde Urbano, a ideia é entender o funcionamento da drenagem voltada à área urbana, com a implementação de soluções baseadas na natureza.

Um dos principais problemas em avaliação é o efeito das cheias. Ainda que isso faça parte de um contexto mais amplo, as ações planejadas são no sentido de amenizar as enxurradas e filtrar as águas, para devolvê-las à natureza com menor teor de poluição, após passar pela cidade.

O projeto foi um dos 10 escolhidos pela World Resources Institute (WRI) para participar do Acelerador de Soluções Baseadas na Natureza (SBN) em Cidades. Estrela é o único município gaúcho no programa, que iniciou em janeiro deste ano. Em fevereiro e junho ocorreram dois momentos, em Niterói, no Rio de Janeiro, e em São Paulo, onde o grupo recebeu consultorias e conheceu iniciativas colocadas em prática.

A bióloga Paula Fagundes explica que as ações tem implementação prevista para o Centro e o Parque Princesa do Vale, não só voltadas às cheias, mas também a condições de altas temperaturas.

“Para o Centro nós propomos os jardins de chuva e uma arborização mais robusta, porque em algumas ruas se sofre bastante com o calor. E no parque, a implementação de biovaletas no entorno do campo de rúgbi, o que vai ajudar a filtrar a água, e uma wetland flutuante no lago pra também ter essa ação de filtragem do pluvial que chega ali e vai para a lagoa depois.”

Sequência do programa

A evolução do projeto será apresentada em agosto, com maiores detalhes a partir das mentorias feitas ao longo do ano. Depois disso, dos 10 municípios selecionados no início de 2023, dois seguem com um acompanhamento mais próximo.

Busca por apoio financeiro

Um dos desafios da equipe envolvida é buscar recursos para viabilizar o projeto. “Na atual fase do projeto já temos condições de captar investidores”, diz o arquiteto Mauro Ayres. As alternativas de investidores, além dos meios governamentais, são com instituições como bancos de fomento.

A Organização das Nações Unidas (ONU) possui uma iniciativa chamada Generation Restoration, que pode render até 100 mil dólares ao projeto.

A administração municipal encaminhou uma carta de apoio, com o compromisso de apoiar as ações até 2025.

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