A reivindicação de parte do quadro da educação de Estrela foi atendida na segunda-feira, 19. O projeto que estabelece o plano de carreira para monitores e auxiliares de creche teve a montagem concluída para votação pelos vereadores na sessão do legislativo. A aprovação foi por unanimidade.
Os pedidos por uma reestruturação nos padrões salariais foram reforçados a partir de fevereiro, quando um estudo de viabilidade foi solicitado à Secretaria da Fazenda. De acordo com a Associação dos Monitores e Auxiliares da Educação de Estrela (Amae), o salário para a função é o segundo mais baixo no Vale do Taquari, com base de R$ 1.488,93.
A presidente da Amae, Carla Ferreira Cunha, ressalta a valorização que o plano vai proporcionar aos profissionais. “Foi uma conquista após anos de luta. A diretoria da associação fez estudos e percebeu que temos profissionais qualificados e que isso precisa ser valorizado. E isso serve também para monitores que não possuem graduação ou pós na área da educação ficarem mais motivados, para termos profissionais ainda mais qualificados dentro das nossas escolas.”
O vereador Valderês Oliveira da Rosa (PSD), advogado e representante jurídico do grupo, define o dia como “histórico”. “A primeira comissão foi formada ainda em 2018”, lembra. Para ele, a organização em uma entidade de classe fez com que a demanda fosse fortalecida, a partir da criação da Amae em 2021.
Reuniões ocorreram ao longo do dia e ratificaram o projeto, protocolado no sistema da câmara de vereadores minutos antes do início da sessão. Com o plano de carreira, o salário-base é acrescido de adicionais por graduação e pós-graduação, o que reajusta os salários de cerca de 80 dos 142 monitores e auxiliares do quadro.
O exemplo para o plano foi buscado em Venâncio Aires, onde existe uma comissão que avalia o desempenho dos profissionais, a cada três anos, para definir sobre os avanços salariais, o que não será utilizado em Estrela. Por outro lado, os critérios de formação foram mantidos.
Neste ano, servidores com graduação receberão R$ 150 mensais, enquanto os pós-graduados ganham R$ 200, valor que aumenta a cada ano. O impacto orçamentário em 2023 está estimado em R$ 74,1 mil, para 2024 será de R$ 226,8 mil, e em 2025 de R$ 233,6 mil. A lei passa a valer após a sanção do prefeito Elmar Schneider.
