Os projetos denominados “Festival do Chucrute – Uma Tradição entre Gerações” e “Estruturação do Memorial de Estrela – Digitalizando o Arquivo Permanente” estão classificados para receber recursos do Estado.
Na Região 2, compreendida pelos vales do Taquari e Rio Pardo, o Festival ficou em 9º lugar podendo receber R$ 57,8 mil e o Memorial, em 15º, podendo ser contemplado com R$ 56,8 mil. O produtor cultural Conrado Vier Schwambach explica que, caso o Festival seja contemplado, o recurso será utilizado para a inclusão do evento como patrimônio imaterial.
“Uma equipe será contratada para coletar informações e emitir documentos ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e para o Instituto do Patrimônio Histórico Artístico do Estado (Iphae)”, declarou Schwambach, frisando que, ou o Festival do Chucrute será submetido a esta análise, ou o próprio chucrute, prato típico alemão.
Documentos do século XIX
O curador do Memorial de Estrela, Airton Engster, mostra alguns dos cerca de 50 livros que contêm a história de Estrela. Caso o projeto seja contemplado, o patrimônio será digitalizado, para que possa ficar à disposição do público, sem ser depreciado.
O material guarda manuscritos sobre impostos, matrículas escolares e todo o tipo de informações. “Todas as atividades desenvolvidas em Estrela, quem desenvolvia essas atividades, a profissão das pessoas, os impostos que pagavam e muito mais”, explica Engster.
Um dos cadernos é de 1928. Lá estão discriminadas demanda, localidade e o despacho do prefeito Augusto Frederico Markus, mandatário da época. “Esses documentos são tratados como fontes primárias de informação, ou seja, é a história viva, e já está precisando de restauração”, disse o curador.