Daqui um mês o município volta a celebrar o tradicional Festival do Chucrute, suspenso dois anos devido à pandemia. A preparação do prato típico, que dá origem ao nome do evento, já iniciou. Por pelo menos 42 dias, cerca de 400 kg de repolho passam pelo processo de cura, misturado a outros ingredientes para virar chucrute e servir nos bailes. A 55ª edição ocorre entre os dias 14 e 21 de maio, no Centro Comunitário do Cristo Rei.
Conforme o coordenador do festival, Ernani Sehn, para o preparo é utilizado um repolho especial, plantado e colhido sem agrotóxicos. “É tirado todas as folhas verdes e ocupamos a parte mais interna. Higienizamos e cortamos em fatias, dali passa para uma máquina que moi e vai para um socador até ficar úmido. Depois é reservado nas barricas. Durante o processo é utilizado sal e folhas de louro. Antes do evento é coletado amostra e feita a análise do chucrute”, explica.
Para acompanhar o alimento, será servido uma variedade com 15 tipos de saladas, frango, eisbein (joelho de porco), carre defumado, molho de língua e salsicha bock, além de massa, batatas cozidas no vapor e cuca. “O chucrute pode ser preparado quente ou servido frio”, completa Sehn.
Preparativos
Ainda em março, 12 categorias dos grupos folclóricos retornaram aos ensaios. Mais de 450 dançarinos devem se apresentar no festival. É a partir do domingo, 8 de maio, que voluntários decoram o salão com guirlandas, coroas, panos e bandeiras. Cerca de 200 pessoas são mobilizadas para trabalhar na cozinha e na ornamentação.
Segundo o coordenador, sete casais comendadores “puxam a frente” e decidem detalhes do evento, mas todos os grupos ajudam. A expectativa é receber 2,2 mil pessoas em cada baile, de 80 cidades do estado, Brasil e do mundo. “É uma festa promovida pela comunidade de confissão luterana, mas se tornou tão tradicional que é de todos os estrelenses. Sem a parceria de empresas e prefeitura não conseguiríamos fazer um festival dessa grandeza”, afirma.
Durante a semana do 55º Festival do Chucrute, a comunidade também promove o baile da terceira idade e do Gracie, e a festa das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae’s) com oito entidades da região. Um desfile também está agendado. “Estamos ansiosos e felizes em voltar. Vamos trabalhar para sair um grande evento e colocar os grupos folclóricos na vitrine de novo, depois de dois anos parados”, finaliza Sehn.
