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ESTRELA

RGE projeta melhorias na rede elétrica da área rural

Após avaliações, companhia prepara troca de postes para o início do ano que vem. No Vale do Taquari, durante o ano foram mais de R$ 4,2 milhões aplicados em manutenções na rede

Poste de madeira em frente à propriedade de Alexandre Diesel é um dos poucos que não foram substituídos na localidade. Crédito: Jhon Willian Tedeschi

Para minimizar os transtornos devido a fragilidade de pontos da rede elétrica, a companhia responsável pela distribuição aponta para um incremento nos investimentos. O foco da RGE será as localidades das Linhas Geraldo e Wolf, que tem a promessa de receberem melhorias já em fevereiro de 2023. A companhia segue com os planos de destinar R$ 400 milhões na região nos próximos cinco anos.

Após uma série de problemas mais graves entre o fim de 2021 e o início deste ano, que culminaram em protestos na agência da concessionária em Lajeado, a avaliação é que os problemas mais graves foram revertidos. A abertura para o diálogo com os municípios também faz parte das propostas para um serviço mais ágil e assertivo.

O consultor de negócios da RGE na região, Cristiano Silva, traz essa análise e lembra que boa parte dos problemas foram causados por condições de intempéries. “Em janeiro desse ano, foram quatro temporais em sequência na região. Isso trouxe para o usuário uma percepção negativa. Quando se tem essas incidências, naturalmente, em função dos estragos do vento e projeções de agentes externos, acaba sendo necessário reconstruir a rede inteira”, pondera.

O gestor acrescenta que os clientes podem e devem fazer contato com a concessionária, a partir das situações críticas. “A partir do registro, se trata de forma emergencial. As equipes fazem a inspeção técnica e, evidenciando que o problema precisa de solução imediata, assim será feito. Algumas vezes o cliente liga e diz que não foi feito nada, isso ocorre porque a equipe avaliou que não havia urgência.”

As principais críticas dos usuários são referentes aos postes antigos. Em Estrela, a companhia responde por 9.864 pontos, dos quais cerca de 15% são de madeira. Silva realça que o índice é “extremamente baixo” e que as estruturas ainda são comuns em países da América Latina e do Norte.

Oscilações oferecem riscos

Na Linha Geraldo, os transtornos fazem parte da rotina de Alexandre Diesel. Ele é proprietário de uma agroindústria e relata que as faltas de luz foram superadas. Por outro lado, a estrutura de energia elétrica coloca a atividade produtiva em risco. “A fiação é a mesma de 40 anos atrás, quando tinham apenas quatro propriedades aqui. Agora são 10, sem contar a evolução de equipamentos que exigem mais potência”, diz.

Outra preocupação de Diesel passa pelas constantes oscilações na corrente. Mesmo com chamados junto à RGE, as medidas ficaram em uma tentativa de maior controle. Proprietário de um sistema de energia solar, o produtor indica que o sistema de medição aponta uma alternância que varia de 190 a 250 volts – o máximo indicado para evitar prejuízos maiores é 230.

Troca de postes e ajustes na rede

A localidade recebeu uma ação de inspeção, no fim de agosto, de acordo com o consultor da RGE. Embora haja uma baixa incidência de postes de madeira, foram identificados 27 para substituição, além de procedimentos como regulagem de condutores e poda. A previsão é que as intervenções ocorram em fevereiro de 2023.

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