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SAÚDE

RS apresenta o segundo maior número de óbitos por câncer de mama

Conforme dados do Inca, o Rio de Janeiro é o primeiro estado em mortes pela doença - que é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo. Mulheres das regiões Sul e Sudeste são as mais impactadas

Foto: Filipe Faleiro / Arquivo

A Rede de Saúde da Divina Providência está engajada nas ações do Outubro Rosa – mês dedicado a divulgar informações sobre o câncer de mama e fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde para prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento da doença. Ainda que ocupe a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil, as chances de cura superam os 90% – nos casos diagnosticados em seu momento mais inicial (estágio 1). Uma demonstração de que a informação e o cuidado são importantes ferramentas para o tratamento precoce.

Conforme dados de 2020, divulgados em 2022, do Instituto Nacional do Câncer (Inca) o Rio Grande do Sul apresenta a segunda maior taxa de óbitos por câncer de mama entre as mulheres – 13,76 a cada cem mil, atrás apenas do Rio de Janeiro – que chega a 15,08, a cada cem mil mulheres. Segundo o Inca, do Ministério da Saúde, o câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos.

Cerca de 2,3 milhões de casos novos foram estimados para o ano de 2020 em todo o mundo, o que representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas nas mulheres. Para o Brasil, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama em 2023, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.

O câncer de mama também ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil, com taxa de mortalidade ajustada por idade, pela população mundial, para 2021, de 11,71/100 mil (18.139 óbitos). As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Sintomas – Os principais sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).

Prevenção – A prevenção primária consiste em reduzir os fatores de risco e promover os fatores de proteção. Os cuidados mais importantes são:
Manter o peso corporal saudável
Ser fisicamente ativa
Evitar o consumo de bebida alcoólica
Para quem tem filhos, amamentar o maior tempo possível

Fatores de risco – Não há uma causa única para o câncer de mama. Diversos fatores estão relacionados ao desenvolvimento da doença entre as mulheres, como: envelhecimento, determinantes relacionados à vida reprodutiva da mulher, histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficiente e exposição à radiação ionizante. Os principais fatores são:
Comportamentais/Ambientais
Obesidade e sobrepeso, após a menopausa
Atividade física insuficiente (menos de 150 minutos de atividade física moderada por semana)
Consumo de bebida alcoólica
Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X, tomografia computadorizada, mamografia etc.)
História de tratamento prévio com radioterapia no tórax
Aspectos da vida reprodutiva/hormonais
Primeira menstruação (menarca) antes de 12 anos
Não ter filhos
Primeira gravidez após os 30 anos
Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos
Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona)
Ter feito terapia de reposição hormonal (estrogênio-progesterona), principalmente por mais de cinco anos
Hereditários/Genéticos
Histórico familiar de câncer de ovário; de câncer de mama em mulheres, principalmente antes dos 50 anos; e caso de câncer de mama em homem
Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.
A mulher que possui esses fatores genéticos tem risco elevado para câncer de mama

Tratamento – Muitos avanços vêm ocorrendo no tratamento do câncer de mama nas últimas décadas. Existe hoje mais conhecimento sobre as variadas formas de apresentação da doença (algumas mais agressivas e outras menos) e diversas terapêuticas estão disponíveis. O tratamento do câncer de mama depende da fase em que a doença se encontra (estadiamento) e do subtipo do tumor; cirurgia, radioterapia e terapias sistêmicas como quimioterapia, hormonioterapia, terapias alvo e imunoterapia podem ser utilizadas Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. No caso de a doença já possuir metástases (quando o câncer se espalhou para outros órgãos), o tratamento busca prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida.
* Informações do Ministério da Saúde – Instituto Nacional de Câncer – INCA

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