A iniciativa é do Sindicato dos Professores e Funcionários de Escola (Cpers) e da Frente dos Servidores Públicos (FSP). De acordo com a representante do diretório estadual, Suzane Lauermann, o projeto de reestruturação do IPE Saúde, apresentado pelo governo de Eduardo Leite (PSDB), não resolve a crise financeira na instituição. A proposta da gestão é aumentar a contribuição dos servidores de 3,1% para 3,6%.
De acordo com informações apresentadas pelo sindicato, o Executivo estadual deve mais de R$ 355 milhões em precatórios ao IPE Saúde. Com as mudanças, os representantes destacam que os principais afetados são os funcionários da Educação e aposentados. Além do aumento da contribuição, dependentes serão cobrados por faixa-etária.
“Com isso, muitas pessoas vão desistir de aderir ao IPE. Pessoas que pagaram a vida inteira e não vão ter condições de usar. Essa reforma não salva a instituição, nossos salários estão congelados e somos nós que sustentamos. Não podemos pagar essa conta. Caso seja aprovado, daqui dois anos teremos o mesmo problema”, aponta Suzana.
A diretora do Cpers também reforça o impacto na Saúde. Segundo ela, com a impossibilidade de servidores aderirem à assistência médica, o atendimento pelo SUS iria aumentar consideravelmente. “Tem cidades que têm o sistema lotado e a situação vai piorar. Essa reforma atinge toda a população”, afirma.
Participaram do encontro representantes de entidades sindicais como Cpers, Sindicato dos Servidores da Justiça (Sindjusrs), Sindicato dos Funcionarios da Caixa Economica Estadual (Sindicaixa) e Sindicato dos Servidores de Nível Superior (Sintergrs).
Votação
Os encontros promovidos pelos sindicatos ocorrem em todo estado. O objetivo das reuniões é convocar servidores e dependentes do IPE Saúde ao movimento previsto para 20 de junho. De acordo com Suzana, a meta é levar 50 mil pessoas à Assembleia Legislativa, em Porto Alegre, quando o projeto for à votação.
