O mestre em gestão e regulação de recursos hídricos, vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas e painelista do Seminário “Pensar o Vale pós-enchente”, Júlio Salecke, detalha possíveis soluções às enchentes ao programa Frente e Verso desta segunda-feira, 13.
Ele ressalta que o Plano de Bacia Taquari-Antas, foi entregue em 2012 ao órgão responsável, a Sema. Porém, até hoje, aguardam respostas. “Consta na listagem de ações de 2012, o desassoreamento, dragagem e melhoria nas drenagens. Quem acaba levando entulhos, terra e cascalhos ao rio é o sistema de drenagem, os bueiros, estradas rurais. Precisamos dragar todos os cursos da água na parte baixa. Temos que dragar, limpar os rios dentro de um certo limite para deixar o canal aberto”, relata.
Ele cita como exemplo os cascalhos do arroio Tamanduá. Após retirada, os problemas na comunidade cessaram. “Tirar o cascalho do Taquari pode ser uma solução.”
É preciso ter um controle da água, destaca Salecker. “As barragens que estamos defendendo são as barragens de cabeceira, que tem a função de segurar a água que chega nela e tirar aquele grande volume de água da cota de enchente. Mas, também, usar esse grande volume de água no período de seca”.
Seminário “Pensar o Vale pós-enchente”
O Seminário ocorre nesta terça-feira, 14, no prédio 7, da Univates, a partir das 8h. “Estamos muito esperançosos como comitê de bacia Taquari-Antas. Teremos belas discussões, precisamos parar de rediscutir o que já está resolvido e fazer o que ainda não está resolvido. Precisamos ter qualificação técnica para resolver e não é opinião. Nossa engenharia é super evoluída, temos que escutar a engenharia e escutar exemplos como representantes de Blumenau.”
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